A AZUL Linhas Aéreas Brasileiras confirmou que realmente recebeu avisos de inadimplência [termo usado no Brasil para denominar o incumprimento de um contrato financeiro] no pagamento de leasings de alguns aviões, refere um comunicado da empresa enviado ao mercado financeiro dos Estados Unidos da América na quarta-feira, dia 29 de abril, noticiou o portal de notícias de aviação ‘Aeroflap’.
De acordo com a notícia, que cita a companhia, por enquanto não há ações para retoma dos aviões, mas a Azul disse que ainda está negociando acordos com essas empresas, e que poderá obter “acordos satisfatórios”.
A Azul, que é a terceira maior companhia aérea do Brasil, está contando com a assessoria financeira do escritório ‘Galeazzi e Associados’, para renegociar as suas dívidas e pagamentos com credores e fornecedores.
Um artigo publicado pelo ‘O Estadão’ [nome porque também é conhecido o jornal ‘O Estado de São Paulo’], o escritório explica que o foco nessa “ajuda” é renegociar compromissos da Azul para esses e os próximos anos, no valor de 15 bilhões (mil milhões na Europa) de reais, que corresponde a 2,56 mil milhões de euros, ao câmbio atual. A Azul ainda contratou o Itaú BBA como assessor financeiro nas negociações.
A companhia deve readequar os seus custos fixos e variáveis, no curto e médio prazo, para contornar a crise e conseguir seguir com suas operações e investimentos em renovação de frota.
“A Azul saiu de uma média de 900 voos por dia para apenas 70 nesta crise da pandemia do covid-19, a redução da receita já é clara, mas a companhia diz que tem caixa [tesouraria] para contornar esse período, além de já ter realizado uma redução de custos para preservar as operações”, escreve o ‘Aeroflap’.
- Foto © Marcos Junglas