A Azul Linhas Aéreas Brasileiras vai reduzir o seu movimento, através da suspensão de algumas rotas e da devolução de alguns aviões turbo-hélices ATR e Embraer que se encontram na sua frota em sistema de leasing. A notícia foi confirmada na semana passada pelo presidente executivo da companhia aérea, Antonoaldo Neves, que justifica a decisão com a fraca ocupação de algumas das linhas regulares da empresa, face ao clima de recessão económica que se vive no Brasil.
Mesmo assim, Antonoaldo Neves prevê que a ocupação dos aviões da companhia aumentará cerca de quatro por cento em relação ao ano passado. Contudo, a Azul tinha feito previsões muito otimistas e colocou no mercado uma oferta superior em 15% face ao número de lugares disponíveis nos seus aviões.
O presidente da Azul, que falava aos jornalistas na cerimónia de apresentação do primeiro Airbus A330-200 com interiores totalmente remodelados para o desenho exclusivo da companhia para as suas viagens de longo curso, mostrou-se esperançado de que esta fase menos boa do transporte aéreo no Brasil, em termos de demanda, irá passar rápido, e que a Azul saberá ultrapassá-la sem grandes sobressaltos. A companhia está a preparada para enfrentar este período menos bom e está atenta às oportunidades do mercado.
Em termos internacionais a Azul já suspendeu o início dos voos de Guarulhos/São Paulo para a Florida e a nova ligação de Campinas/São Paulo para Nova Iorque. “A Azul vê recuperação moderada no segundo semestre, mas com cautela, tendo em vista a base de comparação fraca do ano passado”, comentou o executivo, citado pelo canal informativo ‘Globo’.