AZUL volta atrás e oferece 145 milhões por ativos da Avianca Brasil

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A AZUL Linhas Aéreas Brasileiras não desistiu do processo de aquisição dos ativos da Avianca Brasil, empresa que está em recuperação judicial e que poderá parar completamente na próxima sexta-feira, dia 17 de maio, devido a uma greve do pessoal que ainda se encontra ao serviço.

Assim, a Azul entrou nesta segunda-feira, dia 13 de maio, na Justiça com uma proposta para aquisição de uma nova unidade de produção independente (UPI) que inclui determinados pares de slots da Avianca Brasil, incluindo voos para transporte de passageiros entre aeroportos de São Paulo e do Rio de Janeiro, a denominada ‘Ponte Aérea’, sobre o qual a Azul disse que as outras duas companhias aéreas brasileiras (GOL e LATAM Brasil) estavam a obstaculizar a entrada de um terceiro operador. A Azul diz-se disposta a gastar 145 milhões de dólares nesta operaão.

Uma briga que levou a Azul a deixar a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), da qual a GOL e a Latam Brasil são membros, e a negar, nessa ocasião qualquer interesse nos ativos da Avianca Brasil e a criticar seus concorrentes.

O próprio presidente executivo da Azul, John Rodgerson, disse na semana passada à agência ‘Reuters’ que a a GOL e a LATAM Airlines Brasil “acertaram um plano para nos manter fora”, acusando-as de pretender afastar a Azul do processo: “Acredito que a forma como elas se comportaram foi inapropriada e não no melhor interesse da indústria.”

“Essencialmente o que elas fizeram foi acertar um plano para nos manter fora”, disse o presidente-executivo, John Rodgerson, à Reuters na semana passada, referindo-se às duas concorrentes.

Num comunicado distribuído em São Paulo e em Nova Iorque, cidades em cujas Bolsas de Valores a Azul se encontra cotada, a companhia fundada por David Neeleman considera que a nova unidade de produção proposta à 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo “proporcionará aos funcionários, clientes, credores e demais interessados ​​da Avianca Brasil, uma alternativa legal e legítima para manter os seus negócios em operação, tendo em vista a rápida deterioração das atividades da empresa”. “A nova UPI também oferece uma alternativa competitiva real face à significativa concentração de mercado que existe hoje no serviço de transporte aéreo entre São Paulo e o Rio de Janeiro”, acrescenta a Azul.

Esta petição não invalida o processo de venda das sete UPIs estabelecidas pelo plano de recuperação judicial da Avianca Brasil, recentemente suspenso pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Pelo contrário, a Azul acredita que oferece uma alternativa compreensível e viável que pode ser implementada de uma perspectiva operacional, regulatória e competitiva.

 

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