A British Airways, através da sua companhia franchisada na África do Sul BA Comair, deixou hoje, sábado, de voar entre Joanesburgo e Maputo, capital de Moçambique.
Os voos realizavam-se desde Maio de 2013, às terças-feiras e aos sábados, em aviões Boeing 737, versões 300 e 400, mas nunca tiveram a rentabilidade que a companhia pretendia.
Um responsável da BA Comair, citado pela publicação electrónica sul-africana ‘Tourism Update’, afirmou que a rota estava a revelar-se “comercialmente inviável” para a transportadora, que se servia deste voo para transportar passageiros que utilizavam a rota de longo curso da British Airways, entre os aeroportos de Londres e de Joanesburgo. “Depois de muita análise, decidimos deixar Maputo, para assegurar que a companhia permanece sustentável”, disse Ian Meaker. A linha era cara e o tráfego escasso, segundo agentes de viagens das duas cidades.
Em 17 de Janeiro de 2012 a BA Comair tinha interrompido as ligações diárias entre os aeroportos de Lanseria, no Norte de Joanesburgo, e de Maputo, em Moçambique, também por falta de rentabilidade da linha. A companhia alegou que nessa altura as taxas aeroportuárias em Moçambique custavam cerca de metade do bilhete de avião. Os voos tinham começado em Setembro de 2011.
A decisão tomada agora pela BA Comair de cancelar a ligação surge curiosamente na semana que antecede a entrada do Airbus A380 da British Airways na rota para a África do Sul. O maior avião comercial do mundo, que a partir de Março fará seis voos semanais entre Londres e Joanesburgo, vai substituir o Jumbo B747-400 que a British utiliza nesta ligação desde há vários anos.
A BA Comair, que voa com as cores da maior companhia aérea britânica no continente africano, é uma empresa que serve de ligação para os passageiros da BA dos voos de longo curso, que se destinam ou que são provenientes de outras cidades sul-africanas, como Cidade do Cabo, Durban e Port Elizabeth, e também de outros países da África Austral, como era o caso de Moçambique.
A Comair está presentemente a passar por uma reorganização profunda da sua frota, com a mudança dos actuais Boeing 737 para aparelhos do mesmo tipo, mas de nova geração. A opção é pela versão 800, estando já um ao serviço. Até final do ano receberá um segundo Boeing 737-800. Em 2015 e 2016 serão recebidos mais de uma dezena de novos aviões.