Beijing Capital Airlines abre linha Hangzhou-Pequim-Lisboa

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Uma ligação aérea directa entre Lisboa e Pequim, objectivo de longa data dos governos de Portugal e da China, estará prestes a concretizar-se, numa altura em que capital chinês entra na companhia aérea portuguesa TAP.

Jorge Costa Oliveira, secretário de Estado da Internacionalização de Portugal, afirmou na semana passada que, até ao fim deste ano, deverá ter início um voo entre Hangzhou (capital dea provincial chinesa de Zhejiang), Pequim e Lisboa.

A ligação, em relação à qual “se estão a rever os últimos pormenores”, será operada pela Beijing Capital Airlines, subsidiária da  HNA, afirmou o secretário de Estado à agência noticiosa Lusa.

Esta companhia, designada normalmente por ‘Capital Airlines’ tem duas bases operacionais importantes em Pequim e em Hangzhou. Foi criada em 2010 e tem hoje uma frota de 65 aviões de passageiros, todos da Airbus, nomeadamente A319 (24) e A320 (32). Está no mercado de longo curso há pouco tempo. No ano passado, em setembro, abriu a sua primeira rota para a Europa: dois voos semanais com partidas alternadas de Pequim e de Hangzhou para Copenhaga (Dinamarca). Neste ano já anunciou o lançamento de voos para a Australia e para o Canadá. O primeiro voo Shenyang-Qingdao-Melbourne será no dia 29 de setembro e até final do ano a companhia abrirá uma rota para Vancouver.

A Capital Airlines, subsidiária do Grupo Hainan Airlines, tem hoje uma rede de 198 rotas e realiza 230 voos regulares por dia. Há poucos meses esteve em foco na imprensa económica chinesa devido ao interesse de um outro grupo económico que a pretendia adquirir. As negociações fracassaram e o Grupo HNA resolveu investir 1,2 mil milhões de dólares norte-americanos na preparação da empresa para novos desafios, com particular foco nas ligações regulares intercontinentais. A companhia recebeu no mês passado um Airbus A330-300 novo e tem mais três aeronaves do mesmo modelo encomendados. De qualquer modo, aviões não será um problema dado que o Grupo HNA detém uma empresa de leasing que abastece as companhias do grupo, capaz de responder ao desenvolvimento ou crescimentos inesperados dessas empresas. A Capital Airlines já anunciou que até 2020 espera ter uma frota preparada para voos intercontinentais com aviões novos Airbus A330-300 e A350.

Nos projetos para o próximo ano de 2017, a companhia já tinha anunciada a abertura de novos voos para o México (três frequências semanais), para Helsínquia (Finlândia) e para Zagreb (Croácia), ambos com dois voos por semana.

Pelo que agora anunciou o secretário de Estado português, Lisboa será um dos destinos europeus da Capital Airlines em 2017 e estará, porventura, incluída nos outros destinos europeus que a imprensa chinesa disse que a Capital estava a estudar.

 

Participação do Grupo HNA na TAP poderá atingir os 20% do capital social

Com a reestruturação, concluída na passada sexta-feira, dia 20 de maio, do capital da TAP Portugal, a companhia aérea com mais voos entre os países de língua portuguesa, a chinesa Hainan Airlines (HNA) irá ficar, até Agosto deste ano, com uma participação de 13%, resultante da conversão de obrigações da TAP que subscreveu.

Humberto Pedrosa, sócio principal da ‘Atlantic Gateway’, adiantou em conferência de imprensa no passado sábado, em Lisboa, que a HNA, também acionista da companhia brasileira Azul, que integra o consórcio vencedor da privatização da TAP, a ‘Atlantic Gateway’, “terá uma participação indirecta na TAP de 13% com a conversão das obrigações por parte da Azul que (…) poderá chegar a 20%.”

O semanário ‘Expresso’, que se publica em Lisboa, escreveu que a entrada da HNA no capital do consórcio acontecerá no fecho da operação, quando as ações dos privados forem transferidas para o Estado.

Conseguir uma aproximação ao Oriente para ter “tão cedo quanto possível” uma ligação a essa região, nomeadamente a Pequim, foi a expectativa deixada pelo ministro português do Planeamento e das Infra-estruturas, Pedro Marques, com a participação chinesa na TAP.

David Neeleman, que vendeu em Novembro cerca de um quarto do capital social da Azul ao Grupo HNA por 1,7 mil milhões de reais, tem defendido que a parceria com o grupo chinês pode fazer com que a transportadora aérea brasileira entre no mercado asiático através de acordos de voos partilhados.

O envolvimento da HNA na TAP foi inicialmente limitado ao financiamento da empresa portuguesa, através de um empréstimo obrigacionista de 90 milhões de euros.

O acordo de compra e venda de ações da TAP prevê que o Estado fique com 50% das ações da TAP, e o consórcio ‘Atlantic Gateway’, com 45%, podendo chegar aos 50% com a aquisição do capital à disposição dos trabalhadores.

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