Binter já tem autorização para voar em Cabo Verde

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A companhia aérea privada espanhola Binter Canárias, com sede na ilha de Grã Canária, já tem todas as autorizações para começar a realizar voos domésticos nas ilhas da República de Cabo Verde, refere nesta segunda-feira, dia 30 de maio, o jornal cabo-verdiano ‘A Semana’, na sua edição digital, que fundamenta a notícia numa informação avançada pela Agência de Aeronáutica Civil (AAC) do país.

Desde há muito tempo que se sabe do interesse da companhia espanhola em voar nas ilhas de Cabo Verde. Não só através de declarações dos responsáveis pela empresa espanhola, como também através de declarações de membros do anterior Governo da República que acompanharam e de, de certo modo, apadrinharam a iniciativa, sempre uma alternativa bem vinda a Cabo Verde, dadas as dificuldades económico-financeiras da companhia nacional de bandeira, a TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde).

“Esta notícia credibiliza as informações divulgadas pela imprensa internacional que apontam o início das operações domésticas da Binter Canárias para os próximos dois meses”, assegura ‘A Semana’. O presidente da empresa aérea das Canárias, Pedro Agustin del Castillo, citado pelo jornal económico espanhol ‘Finanzas’, declarou há pouco tempo que “a inter-conexão das ilhas de Cabo Verde está um pouco mais lenta do que pensávamos, uma vez que há alguns papéis por resolver, mas esperamos dentro de um mês e meio ou dois estar prontos para iniciarmos as rotas”.

 

Serão baseados dois aviões nas ilhas de Cabo Verde e admitidas 80 pessoas

O presidente explicava que que os voos inter-ilhas serão garantidos com dois aviões apenas – e não três, como foi de início anunciado. Os voos poderão acontecer todas as segundas, terças, sextas e domingos, ligando as ilhas de São Vicente, Santiago, São Nicolau e Boa Vista.

A Binter Canarias investiu cerca de quatro milhões de euros no projeto que empregará 80 profissionais de Cabo Verde. O presidente da companhia explicou que o plano de expansão da empresa prevê a abertura de uma base operacional em Cabo Verde, que deveria ter começado a funcionar no fim de 2015, mas que foi adiada para o corrente ano.

“As ilhas de Cabo Verde são como as Canárias dos anos sessenta”, começa assim a descrição deste país pelo empresário da Binter. Refere o investimento espanhol em Cabo Verde “ onde estão instaladas diversas empresas espanholas de hotelaria e turismo, como a Riu e a Meliá”. “Para impulsionar o desenvolvimento do país, fazem falta ligações aéreas entre as ilhas para turistas e viajantes em negócios”, disse Pedro del Castillo a outro jornal económico espanhol, o ‘Expansión’.

Destaca-se na entrevista, citada pelo jornal ‘A Semana’, que as ligações aéreas em Cabo Verde, quer interilhas, quer para o exterior, dependem em grande parte da companhia nacional TACV, empresa que se encontra numa situação económico-financeira muito complicada. Por isso, a entrada da Binter irá contribuir para melhorar e diversificar a oferta regional e também colmatar os constrangimentos na rede aérea comercial do país.

Por enquanto, a Binter não avança os preços das ligações interilhas, mas o presidente promete um tarifário atrativo, dentro daquilo que o mercado nacional permite.

A Binter chegou a Cabo Verde em 2012, altura em que iniciou voos de ligação entre este arquipélago e as ilhas Canárias – duas vezes por semana.

2 COMENTÁRIOS

    • Caro Pablo, Acredito que possa ter essa informação. Nós limitámos-nos a transcrever informação do Jornal ‘A Semana’, como referido na matéria. Trata-se de um meio de Cabo Verde que, normalmente, está bem informado. Quanto às fontes que nos possam esclarecer melhor, é recorrente se fecharem e não nos respondem, nem sim, nem não. Infelizmente é essa a verdade, nos serviços públicos, onde impera sempre um absoluto secretismo.

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