Boeing anuncia suspensão da entregas de aviões 737 MAX

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A construtora norte-americana Boeing anunciou que suspendeu as entregas de aeronaves de transporte de passageiros Boeing 737, na versão MAX, igual às duas que tiveram desastres fatais na Indonésia e na Etiópia, em dezembro de 2018 e em março deste ano, respetivamente. Contudo, a companhia diz que prosseguirá com o mesmo ritmo de produção nas suas linhas de montagem, onde são produzidos 52 aviões por mês, com previsão de 57 a partir do próximo mês de junho.

“Suspendemos as entregas do 737 MAX até encontrarmos uma solução”, disse um porta-voz da Boeing, acrescentando que a fabricante aeroespacial norte-americana mantém a produção do modelo.

O porta-voz da empresa descartou a possibilidade de reduzir o ritmo de produção ou fechar temporariamente as fábricas. “Estamos a avaliar as nossas capacidades e vamos ver onde é que os aviões que saem da linha de montagem vão ser armazenados”, referiu.

Em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, da companhia Lion Air, despenhou-se no Mar de Java, na Indonésia, 12 minutos após a descolagem. Uma das ‘caixas negras’ indicou que o motivo do desastre foi uma falha no sistema automático, causando 189 mortos.

Na sequência do acidente no domingo, dia 10 de março, na Etiópia, a Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) proibiu dois dias depois os modelos 737 MAX de operarem no continente europeu, juntando-se a 20 países e 30 companhias aéreas de todo o mundo que suspenderam os voos com esses aparelhos. Igual procedimento adoptaram mais tarde os estados americanos e outros países, pelo que, presentemente, todos os aviões desta série da Boeing se encontram estacionados.

As duas ‘caixas negras’ do avião Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines, que também caiu poucos minutos após levantar voo para Nairobi, serão analisadas em França, onde chegaram na quinta-feira, dia 14 de março. As autoridades etíopes recusaram-se a enviar esses equipamentos para os EUA, por serem parte interessada na investigação. A leitura dos dois gravadores, um de dados e outro das conversas na cabina de comando do avião, será da responsabilidade do organismo francês de Investigação de Acidentes Aéreos (BEA – Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la sécurité de l’aviation civile).

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