Um avião Boeing 737-800 da companhia brasileira GOL Linhas Aéreas Inteligentes, matrícula PR-GXA, sofreu neste domingo, dia 14 de fevereiro, um incêndio no motor da asa direita, quando já se encontrava a rolar na pista para a descolagem no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek de Oliveira, na cidade de Brasília, capital federal.
Os gritos dos passageiros levaram os pilotos a abortar a descolagem, disseram nas redes sociais diversos ocupantes que seguiam a bordo do avião, contrariando assim a versão oficial da companhia de que a aeronave estava ainda a ser rebocada para a pista de descolagem.
A GOL em comunicado distribuído à imprensa informou que foi identificada a falha técnica no escapamento da turbina direita e que os danos foram apenas externos, em uma área próximo ao motor. “A aeronave estava em processo de reboque para a pista, mas não chegou a iniciar o taxi para a decolagem”, afirma a empresa.
Não é isso que dizem os passageiros, nomeadamente Marcelo Gaspar, que viajava na poltrona 19C e que escreveu que o avião “iniciou o taxiamento para decolagem, parou depois dos gritos dos passageiros, eu estava ao lado do foco do incêndio, tivemos que esperar quase meia hora para sair da caldeira. O comissário se desesperou também e tentou confortar os passageiros dizendo: calma eu estou no avião também!”
A aeronave deveria seguir viagem para o Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, com 145 passageiros que se encontravam dentro do avião, e que foram surpreendidas pelas labaredas que envolviam a parte central da fuselagem do aparelho, e que provocaram a quebra dos vidros de quatro janelas, cerca das 15h20 locais (17h20 UTC). Não obstante o susto, e algumas cenas de pânico, ocasionadas pelo intenso fumo que envolveu o avião e o excessivo calor que se sentiu dentro da aeronave, não se registaram acidentes pessoais e a evacuação fez-se ordenadamente.
A nota da companhia aérea informa ainda que “os 145 clientes a bordo foram desembarcados normalmente e em segurança para serem reacomodados em outros voos da companhia e de outras companhias aéreas, conforme disponibilidade”.
“A GOL reitera que preza pelos mais altos padrões de segurança, principal valor de sua política de gestão, e esclarece que a aeronave seguirá para manutenção”, conclui o comunicado de imprensa da companhia aérea.
A Inframérica, consórcio que é concessionário da gestão do aeroporto, disse aos jornalistas que foram utilizadas cinco viaturas pesadas de pronto-socorro no ataque ao fogo que se declarou atrás do motor e junto da asa direita do avião. A operação decorreu com sucesso e não chegou a provocar atrasos no movimento aeroportuário da capital brasileira.
O avião envolvido neste incidente foi recebido novo da fábrica em março de 2013, tendo cerca de três anos ao serviço da companhia aérea brasileira.
- Foto de entrada foi divulgada na conta do Twitter da ‘Rádio BandNews FM’/Brasil