A Boeing voltou a suspender as entregas dos aviões do modelo 787 de longo curso, que já estiveram parados, por questões técnicas, vários meses, em 2021 e 2022, para fazer análises adicionais num componente da fuselagem, revelou nesta quinta-feira, dia 23 de fevereiro, a Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos da América.
“As entregas não serão retomadas até que a FAA esteja convencida de que o problema foi resolvido”, informou a agência norte-americana numa nota enviada à AFP.
Nos últimos anos, os aviões 787 têm enfrentado vários problemas, como defeitos de fabrico descobertos no final do verão de 2020.
A Boeing suspendeu as entregas, inicialmente de novembro de 2020 a março de 2021 e depois entre maio de 2021 e agosto de 2022, tendo diminuído a produção.
Depois de as entregas terem sido retomadas no verão passado, a Boeing entregou 31 aviões em 2022, incluindo 22 no quarto trimestre, tendo a United Airlines anunciado, em dezembro, planos para encomendar 100 aviões 787, com opção de mais 100. No entanto, em janeiro, a Boeing entregou apenas três. O objetivo da Boeing para este ano é entregar 70 aviões.
Os problemas detetados, adiantam especialistas do setor aeronáutico, relacionam-se com alguns dos compósitos que são utilizados no fabrico das seções da fuselagem das aeronaves deste tipo.