As companhias British Airways, EasyJet e Ryanair lançaram uma ação legal contra o Governo do Reino Unido para eliminar a quarentena imposta aos viajantes que chegam ao País, conforme estipulado por ordem governamental, alegando que se trata de uma decisão “muito restritiva e não se baseia em nenhuma consulta ou evidência científica”.
As empresas fizeram uma declaração conjunta, distribuída à imprensa em Londres, na qual consideram que a quarentena, com a duração de 14 dias, em vigor desde esta segunda-feira, dia 12 de junho, e que se prolongará por um período mínimo de três semanas, “terá um efeito devastador no turismo e na economia do Reino Unido e destruirá milhares de empregos”.
As transportadoras aéreas apontam que a medida tem isenções quanto aos franceses e alemães que vão ao país todas as semanas e tem como alvo viajantes de países onde as taxas de contaminação pelo novo coronavírus são mais baixas do que as do Reino Unido.
O Governo britânico sugeriu que poderia estabelecer ‘pontes aéreas’ para certos países, a fim de não comprometer o renascimento do turismo que só se poderá verificar com a reanimação do setor aéreo.
Mas as três empresas duvidam desse dispositivo e pedem ao Governo que restabeleça a quarentena introduzida em 10 de março, válida apenas para viajantes de países de alto risco.
Após o encerramento das suas atividades por longas semanas devido à covid-19, o setor aéreo planeou uma retomada muito gradual dos voos neste verão, mas esses planos seriam interrompidos por esta quarentena.
Esta última, com duração de 14 dias, será reavaliada a cada três semanas e diz respeito a todas as chegadas por terra, mar e ar, independentemente de os viajantes residirem ou não no Reino Unido.
Verificações aleatórias serão implementadas e os infratores terão uma multa de 1.000 libras (1.122 euros).
Exceções são feitas para transportadores rodoviários, pessoal de saúde, apanhadores de fruta ou viajantes da Irlanda.