A Brussels Airlines anunciou nesta terça-feira, dia 12 de maio, que irá proceder a profundas restruturações na empresa, com vista a assegurar a sua sobrevivência.
De acordo com o Dieter Vranckx, diretor executivo da companhia aérea de bandeira belga, cujo capital é detido totalmente pela Deutsche Lufthansa AG, terão de ser reduzidos mais custos para permitir o regresso ao mercado de um forma competitiva e ajustada perante a nova realidade. Isto quanto decorrem conversões com o governo belga para concessão de uma ajuda financeira de emergência para a companhia que integra o Grupo Lufthansa.
De acordo com este plano a Brussels Airlines reduzirá custos estruturais como a frota, onde prevê reduzir 30% de aeronaves, cancelará as rotas com proveitos marginais, e todas as outras que sejam deficitárias. Como consequência terá de reduzir os postos de trabalho em cerca de 25 por cento, o que representa cerca de mil trabalhadores que irão ser despedidos.
Com esta medida a Brussels Airlines espera tornar-se mais competitiva e salvaguardar 60% da operação e cerca 75% dos postos de trabalho existentes.
A Brussels Airlines suspendeu os voos no passado dia 21 de março, devido à pandemia de covid-19, e está a queimar cerca de um milhão de dólares por dia, devido à perda de receitas e aos custos que não podem ser evitados como o leasing das aeronaves e os custos de manutenção das mesmas.
A intenção da companhia é trabalhar ao máximo com os parceiros sociais para limitar o número de despedimentos forçados, nomeadamente na agilizarão de medidas para minimizar o impacto social: Introdução de contratos sazonais, negociação de pensões, trabalho em part-time, lay-off, e demissões voluntárias.
Pedido de ajuda
A Brussels Airlines terá apresentado um documento ao Governo Belga reforçando a importância da companhia aérea para a economia e visão estratégica de mobilidade e conectividade do país, reportou o jornal ‘L’Echos’ no passado dia 5 de maio.