O ministro do Turismo e Transportes da República de Cabo Verde disse na quinta-feira, dia 3 de novembro, que o Governo está a trabalhar com eventuais parceiros para voltar a associar o crescimento e a retoma da companhia TACV/Cabo Verde Airlines ao lançamento da plataforma aérea do Sal.
Carlos Santos fez esta revelação durante a audição na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TACV, durante a qual foram abordados assuntos relacionados com os transportes aéreos domésticos e internacionais, tendo considerado que salvar a companhia de bandeira aliada à plataforma área afiguram-se como dois ativos importantes no desenvolvimento do país.
O governante insiste em levar para o País um parceiro internacional que possa assumir a reprivatização da TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde para poder levar mercado, alegando que sozinho a empresa e o país não conseguem ir a lado nenhum.
Neste particular, Carlos Santos realçou que estão a ser feitos contactos para que companhias da costa ocidental africana, como a Air Senegal e a Air Côte d’Ivoire (Costa do Marfim) criem escalas em Cabo Verde, no âmbito da conceção de uma aliança para voltar a pôr a companhia de bandeira a crescer de uma forma sustentável.
Ao defender a TACV como uma “peça importante” para toda a estratégia do desenvolvimento, baseada no conceito país plataforma, o governante, reconheceu, contudo, que “o sector está a passar por momentos difíceis, face à pandemia de covid-19 com impactos bastante fortes no domínio dos transportes”.
“À semelhança do mundo inteiro, a pandemia condicionou todo o desenvolvimento nos últimos dois anos, mormente no caso de Cabo Verde, por causa da dependência da conectividade e dos transportes serem o instrumento determinante para o desenvolvimento do país”, clarificou.
O ministro considerou o transporte como um sector de capital intensivo, que exige muito investimento, frisou, contudo, que mesmo nesta situação e perante outras prioridades na área social, o executivo “voltou, uma vez mais, a salvar a companhia da bandeira, a TACV”, por ser uma “peça importante e determinante” para toda a estratégia do desenvolvimento baseada no conceito país plataforma.
Carlos Santos justificou esta tese em como as empresas de aviação estão praticamente condenadas a crescer e que não podem contentar-se com pequenos nichos de mercado, caso contrário, sublinhou, estariam a ter problemas pelo facto das receitas das vendas não cobrirem os elevadíssimos custos fixos.
- Texto com informações da INFORPRESS – Agência Cabo-Verdiana de Notícias