Cabo Verde quer atrair voos das companhias de baixo custo para as ilhas

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O ministro do Turismo e Transportes da República de Cabo Verde admitiu nesta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, na ilha do Sal, que o Governo pretende cativar as companhias internacionais de voos de baixo custo, nomeadamente as europeias, a viajar para o arquipélago para permitir que haja “maior diversificação” dos mercados de origem e dos segmentos.

Carlos Santos (na imagem de abertura) falava durante a apresentação do Plano de Retoma do Sector Privado pós-covid-19 e do Programa Operacional de Turismo (POT),

O governante classificou estes dois planos de “ambiciosos”, quando se debruçava num dos eixos do programa que prevê a promoção do destino, a implementação do plano de marketing e a melhoria da conectividade, a qual comporta quatro tipologias de projetos.

“Aqui estamos a falar de um grande projeto que temos em curso que é da possibilidade de trazer low-cost para Cabo Verde para permitir com que haja maior diversificação dos mercados de origem e dos segmentos”, concretizou.

Por outro lado, Carlos Santos destacou o eixo da sustentabilidade, nomeadamente os projetos da sustentabilidade económica, que, conforme explicou, relacionam-se com a integração das empresas nacionais, cabo-verdianos e residentes, aqueles que escolheram viver aqui, de poderem enquadrar e integrar na cadeia do turismo.

Entretanto, estribado na estimativa que hoje os hotéis no Sal e na Boa Vista consomem cerca de cem milhões de euros, desde produtos, bebidas, limpeza, comidas (…), e apenas uma “ínfima parte” é comprada a empresas nacionais, o ministro disse que o Governo quer reverter essa situação, através da capacitação de todos aqueles que são prestadores de serviços.

Neste sentido, adiantou em primeira mão que está em marcha e “muito brevemente” será assinado um memorando de entendimento com o Grupo TUI que vai permitir com que haja uma partilha de ganhos. “O grupo TUI juntamente com o Estado de Cabo Verde quer fazer uma caminhada junta, para permitir com que haja uma espécie de um clube de fornecedores à TUI. Para podermos começar a integrar os empresários nacionais na cadeia de valor, e começarem a prestar atenção neste grande sector de atividade que é o turismo”, anunciou o governante.

O Plano de Retoma do Sector Privado pós-covid-19 visa relançar a atividade económica pelo aumento do nível de confiança dos agentes económicos, redução da pobreza e aceleração da promoção do trabalho decente e do empreendedorismo, e libertar o potencial de crescimento da economia com aceleração da transformação e diversificação da economia com foco na inclusão económica, financeira, social e digital.

O POT, estruturado com um conjunto de cinco subprogramas, nomeadamente, requalificação da oferta turística, governança, promoção do turismo, sustentabilidade e requalificação de recursos humanos, pretende ser um instrumento transversal de intervenção do setor.

Segundo o ministro Carlos Santos, o orçamento deste programa, que é composto por 340 iniciativas, ou seja, os chamados produtos identificados necessários para dar “um salto” a nível da qualidade do turismo no País, é de cerca de vinte mil milhões de escudos.

“Pode parecer um número muito grande, mas é um projeto que tem de ser executado nos próximos cinco anos e envolve vários ministérios, e o Ministério do Turismo entra como líder de todo esse processo para poder fazer com que os vários objetivos sejam convergentes no sentido de termos uma boa requalificação do País”, concluiu o titular da pasta do Turismo e Transportes.

 

  • Texto e foto distribuídos pela INFORPRESS – Agência Cabo-Verdiana de Notícias

 

 

 

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