Carlos Moedas defende maior rapidez na solução aeroportuária para Lisboa

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa defendeu nesta quarta-feira, dia 18 de maio, a necessidade da construção de um novo aeroporto, independentemente da localização, considerando que tal será “fundamental” para fazer face à retoma da atividade turística.

“Aeroporto já. Nós precisamos de um aeroporto. Se ele é num sítio ou noutro, isso deve ser uma decisão técnica, mas o aeroporto tem de avançar para bem de todos”, afirmou o autarca.

Carlos Moedas falava durante um almoço promovido pela Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), numa intervenção em que abordou também alguns desafios do setor. “Obviamente que durante muitos anos teremos ‘Portela+1’, mas para mim a posição é clara”, sublinhou.

As declarações do presidente da Câmara Municipal de Lisboa surgiram em resposta às preocupações levantadas pelo presidente da AHP, Bernardo Trindade, que alertou para o facto de os hotéis poderem perder clientes devido aos atrasos no processo de construção do novo aeroporto, numa altura em que foi lançado o concurso público para a realização da avaliação ambiental estratégica da futura solução aeroportuária.

O concurso público internacional para a realização da avaliação ambiental estratégica de Lisboa foi lançado pelo Governo Português em outubro de 2021.

Nessa altura, o então secretário de Estado Adjunto das Comunicações, Hugo Santos Mendes, adiantou que a avaliação ambiental estratégica das três hipóteses de localização do novo aeroporto de Lisboa deverá ser entregue em 2023.

Atualmente, em cima da mesa estão três hipóteses: aeroporto Humberto Delgado (principal), com o aeroporto do Montijo (complementar); aeroporto do Montijo (principal), com o aeroporto Humberto Delgado (complementar); e uma que contempla a construção de uma nova infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete, na margem sul do Rio Tejo.

Outra das questões abordadas por Carlos Moedas, e que também surgiu na sequência de preocupações manifestadas pelo presidente da AHP, foi a falta de efetivos dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no Aeroporto Humberto Delgado, situação que gera filas de espera de três e quatro horas para entrar em Lisboa.

“Vocês podem ter os melhores hotéis, as melhores empresas do mundo, mas se as pessoas estiverem três e quatro horas para entrar em Lisboa essas pessoas não vão voltar. É uma responsabilidade nossa de alertar o Governo e ser resolvida rapidamente. Nós não podemos ter o aeroporto nestas condições que são vergonhosas para qualquer estrangeiro que chega”, criticou.

Entretanto, o SEF revelou nesta quarta-feira que está a preparar um plano para os postos de fronteiras nos aeroportos durante o período de maior fluxo de passageiros, entre julho e setembro.

 

  • Foto de abertura © AHP – Associação de Hotelaria de Portugal

 

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