A TAP Portugal informou esta terça-feira, 14 de Abril, que o presidente do conselho de administração, Fernando Pinto, enviou uma carta aos pilotos da transportadora, na qual adverte para as consequências financeiras negativas que uma eventual greve pode ter na empresa.
“Foi enviada uma comunicação aos pilotos”, disse à agência Lusa fonte da transportadora portuguesa, salientando que a carta foi enviada no âmbito do diálogo regular que a empresa tem com os sindicatos, “agora com o grupo profissional dos pilotos”.
Na carta, a administração sublinha, entre outros assuntos, as “consequências” negativas financeiras que uma eventual greve pode ter na empresa. “Qualquer perturbação laboral pode prejudicar financeiramente a empresa”, disse a mesma fonte.
Segundo a fonte, na carta é também explicado o “ponto de vista” da empresa sobre o acordo ratificado com o Governo a 23 de Dezembro de 2014 e que agora foi contestado pelos pilotos, por alegado incumprimento.
O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) marcou assembleias de empresa para estas quarta e quinta-feiras, 15 e 16 de Abril, em Lisboa, depois de considerar que o processo negocial entre o sindicato, a TAP e a PGA, no âmbito do compromisso subsidiário do acordo ratificado com o Governo em 23 de Dezembro de 2014 chegou a um “impasse insanável”.
Nas reuniões de quarta e quinta-feiras caberá aos pilotos decidir os próximos passos, que podem incluir acções de luta, nomeadamente a greve, segundo o sindicato.
Num comunicado emitido a 8 de Março, a direcção do SPAC informou que “o processo negocial entre o SPAC, a TAP e a PGA, no âmbito do compromisso subsidiário do acordo ratificado com o Governo em 23 de Dezembro de 2014 chegou a um impasse insanável, por motivos estritamente imputáveis à TAP, à PGA e ao Governo”.