As autoridades chinesas anunciaram neste sábado, dia 2 de julho, que vão suspender, durante mais duas semanas, a ligação aérea entre Portugal e China, que já estava suspensa por um mês, após detetarem casos de covid-19 a bordo do avião que fez a ligação de retoma no mês passado.
Em comunicado difundido no seu portal oficial, a Administração de Aviação Civil da China informou que o voo entre Lisboa e a cidade chinesa de Xi’an, operado pela companhia Beijing Capital Airlines, passará a estar suspenso a partir de 25 de julho, por um período adicional de duas semanas, após terem sido detetados cinco casos de covid-19, em 19 de junho, num voo oriundo de Lisboa.
Os voos para a China estão sujeitos à política circuit breaker (‘interruptor’, em português), em que quando são detetados cinco ou mais casos a bordo, a ligação é suspensa por duas semanas. Caso haja dez ou mais casos, a ligação é suspensa por um mês.
No voo anterior, realizado no dia 12 de junho, foram detetados dez casos positivos a bordo, pelo que as autoridades chinesas suspenderam a ligação pelo período de um mês, a partir de 27 de junho. No conjunto, o voo passa assim a estar suspenso por um período de seis semanas.
A ligação aérea direta entre Portugal e a China foi retomada em 12 de junho após ter estado suspensa durante mais de seis meses, com uma frequência por semana.
As autoridades de Xi’an, a capital da província de Shaanxi, no centro da China, suspenderam a ligação com Lisboa em 25 de dezembro de 2021, numa altura em que a região enfrentava um surto de covid-19. A cidade só retomou este mês as ligações internacionais.
Ao abrigo da estratégia de ‘zero casos’ de covid-19, a China mantém as fronteiras praticamente encerradas desde março de 2020. O país autoriza apenas um voo por cidade e por companhia aérea, o que reduziu o número de ligações aéreas internacionais para o país em 98%, face ao período pré-pandemia.
Quem chega a qualquer aeroporto da República Popular da China tem que cumprir ainda uma quarentena de sete dias, em instalações designadas pelo Governo, e mais três dias em casa.