A China Eastern Airlines retomou no passado fim-de-semana os voos comerciais com a maioria dos aparelhos da sua frota Boeing 737-800, quase um mês depois de um dos seus aviões daquele modelo ter caído no sul do país. A queda causou a morte de 132 pessoas.
Os aviões que chegaram à companhia nos meses anteriores ou posteriores mais próximos da aeronave que caiu vão permanecer fora de serviço e serão submetidos a um processo de revisão mais exaustivo, informou nesta segunda-feira, dia 18 de abril, a agência noticiosa governamental ‘Nova China’.
Após o incidente, a empresa suspendeu a utilização de 223 aeronaves Boeing 737-800 para realizar uma inspeção técnica minuciosa de cada uma das aeronaves.
O avião sinistrado voava entre as cidades de Kunming (sudoeste da República Popular da China) e Cantão (sudeste), quando se despenhou na região de Guangxi, em 21 de março, causando a morte de 123 passageiros e todos os nove tripulantes.
As equipas de resgate conseguiram recuperar as duas ‘caixas negras’ e um grande número de peças do dispositivo, nas semanas a seguir ao acidente.
As autoridades anunciaram na altura que iam publicar um relatório preliminar dentro de 30 dias após a tragédia, prazo que termina esta semana.
A aeronave, que acumulava quase sete anos de serviço e passou por todas as revisões estabelecidas pelo regulador de avião civil da China, sofreu uma queda vertical, descendo quase 8.000 metros em menos de três minutos, segundo o portal de rastreamento de voos ‘FlightRadar24’.
Este incidente encerrou uma série de quase 12 anos sem acidentes aéreos graves no país asiático. As autoridades anunciaram uma investigação “para garantir a segurança absoluta” no setor.