China releva importância da modernização do Aeroporto para o futuro de São Tomé

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A modernização do Aeroporto de São Tomé será “uma das principais obras desde a independência” de São Tomé e Príncipe e vai impulsionar o turismo, disse o embaixador da República Popular da China no país, Wang Wei, em entrevista que será publicada na revista ‘Macao’ em setembro, revela nesta segunda-feira, dia 26 de agosto, a agência de notícias económicas da China e dos países de língua oficial portuguesa ‘Macauhub’.

O embaixador salientou que o principal factor que impede a chegada e saída de aviões em maior quantidade ou de maiores dimensões é a pista do aeroporto, “pelo que estamos a estudar como podemos ajudar, executando esta obra o mais depressa possível, a fim de melhorar as infra-estruturas do país e assegurar uma ligação ao exterior com mais qualidade”.

O primeiro-ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, afirmou em recente entrevista à agência ‘Macauhub’ que os estudos relativos à ampliação e modernização do novo aeroporto “ já estão bastante avançados” e que as obras deverão iniciar-se entre final de 2019 e início de 2020.

A China, adiantou, vai ainda financiar os estudos do novo porto de São Tomé, que numa primeira fase terá uma vocação comercial e pesqueira, mas que o governo pretende que venha a ter maior dimensão no futuro.

Wang Wei disse agora que “a possibilidade” da obra do porto “ainda está a ser estudada”, encontrando-se esta “mais atrasada” do que o do aeroporto.

O diplomata chinês elege o turismo como o sector com maior potencial para o investimento chinês e afirma que o interesse em investimentos foi reavivado com o 14º Encontro Empresarial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, em Julho em São Tomé, dois anos depois do reatamento de relações bilaterais sino-são-tomenses e da adesão do arquipélago ao Fórum de Macau.

“Conversei com vários empresários chineses e estão muito interessados. O único problema é a distância. A viagem de Macau para aqui não é fácil. É a distância geográfica… mas acredito que a vontade e a interligação de interesses vão superar as dificuldades, que são passageiras”, disse Wang Wei à ‘Macauhub’.

Além de investimento em empreendimentos turísticos, os empresários chineses demonstram interesse na “melhoria de produtos, tanto agrícolas como de artesanato.”

O diplomata chinês recordou, por outro lado, que o governo da China tem vindo a fazer várias doações a São Tomé e Príncipe, tendo pago a recuperação de três estradas e a drenagem de um pântano próximo da capital e estando prestes a iniciar-se um projecto de construção de casas sociais em vários distritos próximos da capital.

A China mantém no país quatro equipas de assistência técnica, nomeadamente de agricultura e pecuária, de energia, anti-malária e equipa médica.

Wang Wei acrescentou São Tomé e Príncipe, “caso o deseje”, é “muito bem-vindo” a juntar-se à iniciativa Faixa e Rota, tal como outros países africanos de língua portuguesa, como Cabo Verde.

 

 

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