O conglomerado económico chinês HNA foi autorizado a entrar como acionista na empresa ‘Rio de Janeiro Aeroportos’, a sociedade concessionária e gestora do Aeroporto Internacional António Carlos Jobim, popularmente conhecido por Aeroporto do Galeão, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, na sequência de uma decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A ANAC Brasil aprovou na terça-feira, dia 26 de setembro, o pedido para a alteração da composição acionista da sociedade gestora, depois do grupo chinês ter adquirido, através da subsidiária ‘HNA Infraestructure Investment Group’, a participação até então detida pelo grupo brasileiro Odebrecht.
A parcela de 51% detida pela ‘Rio de Janeiro Aeroportos/Aeroporto do Galeão’ (RIOgaleão) estava dividida em 60% para a ‘Odebrecht Transport’, o braço logístico do grupo brasileiro Odebrecht e 40% para a ‘Changi Airports International’, operadora do aeroporto de Singapura, na Ásia, com os restantes 49% a serem controlados pela estatal Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), criada em 1972 para operar os principais aeroportos comerciais do país.
Em Agosto passado, o Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE), a autoridade da concorrência do Brasil, havia já dado um parecer positivo à entrada do grupo chinês na sociedade gestora do aeroporto, faltando apenas o da ANAC para que o negócio ficasse concluído.
A imprensa brasileira noticiou que o acordo para adquirir a participação da ‘Odebrecht Transport’ previa que o grupo HNA vendesse uma parcela de 9% à ‘Changi Airports International’, ficando a estrutura acionista da ‘Rio de Janeiro Aeroportos’ dividida em 51% para o grupo HNA e os restantes 49% para o grupo de Singapura.
O grupo HNA adquiriu em Agosto de 2016 uma participação de 23,7% da companhia aérea brasileira Azul, pela qual pagou 450 milhões de dólares, passando a ser o principal acionista. Por via da entrda no capital da Azul, o conglomerado chinês será, em breve, acionista da TAP Air Portugal.
A HNA tinha adquirido em agosto passado 20,92% do capital do grupo suíço Dufry, que explora lojas francas em aeroportos, e que tem uma forte presença no mercado da América Latina, nomeadamente no Brasil, com lojas nos aeroportos de São Paulo/Guarulhos e do Rio de Janeiro/Galeão, os mais movimentados do país.