A fábrica de aviões norte-americana Boeing continua a registar um número assinalável de desistências de encomendas de aviões comerciais, devido aos problemas criados com a suspensão das operações dos Boeing 737 MAX, em março de 2019. A isso acresce a crise que todo o setor da aviação enfrenta com as restrições de tráfego provocadas pela pandemia de covid-19.
Notícias divulgadas pela Boeing nesta semana nos Estados Unidos da América, nesta semana, indicam que foram canceladas encomendas de 355 unidades do novo jato 737 MAX no primeiro semestre. O avião continua em testes, depois de alterações técnicas, que poderão ser aprovadas nos próximos meses pela FAA, entidade reguladora dos EUA.
Só no mês de junho passado, diversas companhias aéreas e de leasing de aeronaves cancelaram 60 encomendas.
No resumo do semestre as encomendas baixaram para apenas 70 aviões, agravadas pelo colapso da indústria de aviação gerado pelas medidas de quarentena contra a covid-19. As entregas são importantes para os fabricantes porque marcam quando as empresas são pagas pelo envio das aeronaves aos clientes.
A Boeing afirmou que entregou 10 aviões em junho, contra quatro em maio e seis em abril. As entregas de junho incluíram um 747, um 777, uma aeronave de reabastecimento KG-46, dois cargueiros 767, duas aeronaves de patrulha marítima P-8 e três 787.
A construtora norte-americana considera que após ajustes que consideram aeronaves encomendadas em anos anteriores mas que provavelmente não serão entregues agora, a carteira de pedidos de aeronaves consideradas comercias e para transporte aéreo perdeu 784 encomendas líquidas neste ano.