O piloto alemão Andreas Lubitz que terá despenhado intencionalmente um avião da Germanwings, em 24 de Março deste ano, testou a manobra fatal horas antes, no voo de Dusseldorfe para Barcelona, noticia o semanário alemão ‘Der Spiegel’.
A agência francesa de investigação de acidentes aéreos (BEA, na sigla original) tem novas provas de que o piloto alemão quis despenhar intencionalmente o avião, num voo de Barcelona, Espanha, para Dusseldorfe, Alemanha.
A notícia está a ser divulgada nesta manhã de quarta-feira, dia 6 de Maio, pelas agências de informação europeias, que citam a informação revelada pelo semanário alemão, retirada de um relatório da BEA, segundo o qual os dados recolhidos da segunda caixa negra, Andreas Lubitz testou a descida do avião num voo anterior, para assegurar-se que cairia no ponto desejado, na cordilheira montanhosa dos Alpes.
A nota da BEA confirma “uma descida sem justificação técnica e controlada manualmente durante vários minutos”, no voo de Dusseldorfe para Barcelona, que permitiu a Lubitz comprovar que o plano era viável, horas antes de despenhar o avião, no regresso à Alemanha.
Também parece provado que a descida foi testada pelo piloto com 150 pessoas a bordo do avião. As conclusões fazem parte de um relatório que a BEA apresentará nesta quarta-feira à tarde, mas cujos resultados são adiantados, esta quarta-feira de manhã, pelo diário alemão “Bild Zeiting”.
O piloto da Germanwings, que terá despenhado propositadamente um avião com 150 pessoas a bordo nos Alpes, sofreu de tendências suicidas e foi tratado para o problema, revelaram as autoridades de Dusseldorfe, dias depois do acidente.
A companhia aérea alemã Lufthansa não informou as autoridades aeronáuticas acerca dos transtornos psíquicos de que padecia Andreas Lubitz, que deveria estar de baixa no dia em que o avião se despenhou. As autoridades encontraram papéis de baixa médica, rasgados, em casa do co-piloto, que terá dito a uma antiga namorada que um dia todos saberiam quem era.