Colapso da Virgin Australia põe em causa postos de 16.000 trabalhadores

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O Grupo Virgin Australia está à beira do colapso e todas as hipóteses estão em aberto, anunciou na manhã deste terça-feira, dia 21 de abril (ainda noite de segunda-feira na Europa) a companhia aérea à volta da qual se constituiu o grupo, em comunicado oficial distribuído em Sydney .

Foi nomeada uma “administração voluntária”, constituída por especialistas em insolvência da empresa multinacional de auditoria Deloitte, que procurará reestruturar o negócio e encontrar novos proprietários para manter as companhias da Virgin Australia a voar.

Em um comunicado divulgado na manhã de terça-feira, a Virgin informou que nomeou os parceiros da Deloitte, Vaughan Strawbridge, John Greig, Sal Algeri e Richard Hughes como administradores conjuntos.

Sir Richard Branson, fundador e acionista (ainda com 10%) da empresa enviou uma carta aberta aos colaboradores da empresa, que agora se deparam com o espantalho do desemprego. Uma carta de agradecimento e de esperança, em que diz acreditar que a companhia terá um novo recomeço. Manda um recado forte ao Governo Australiano, que tem sido acusado de não querer apoiar a companhia fundada por Branson, a favor do monopólio doméstico das companhias regionais controladas pela Qantas.

O Grupo Virgin Australia (companhias Virgin Australia e Virgin Australia Regional Airlines) estava a lutar com importantes prejuízos financeiros desde antes da pandemia de covid-19. A sua administração procurava um investidor ou o apoio do governo para pagar as suas dívidas estimadas em cerca de cinco mil milhões de dólares norte-americanos. A falta de passageiros e a suspensão de voos devido à pandemia afeta de forma decisiva a continuidade da empresa. Voava para 41 destinos e tinha ao seu serviço, até final do passado mês de março, 118 aviões, nas duas companhias. Emprega diretamente 10.000 pessoas e mais 6.000 de forma indireta, refere a imprensa australiana desta manhã.

A partir desta terça-feira, dia 21 de abril, a Virgin operará uma rede mínima de voos domésticos e internacionais subsidiados pelo governo. Paul Scurrah, presidente executivo permanecerá na companhia aérea para “trabalhar em estreita colaboração com os membros da nova equipa de gestão, fornecedores e parceiros durante todo o processo”.

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