A Comissão Executiva da TAP distribuiu na manhã desta terça-feira, dia 16 de agosto, um comunicado de imprensa no qual volta a repetir todo o processo que levou aos cortes salariais nas companhias aéreas do Grupo – TAP Air Portugal e Portugália Airlines – e em que lamenta e repudia “a constante tentativa de ataques à sua credibilidade e competência”. Ao mesmo tempo iniciava-se em Lisboa uma marcha silenciosa convocada por três importantes sindicatos de trabalhadores da TAP – pilotos, técnicos de manutenção aérea e tripulantes de cabina –, o que aconteceu pela primeira vez na vida da companhia portuguesa, em protesto contra a situação que se vive presentemente na TAP.
Os responsáveis pela gestão do Grupo TAP, que atravessa um momento delicado dado ter de cumprir o que ficou plasmado no Plano de Reestruturação negociado entre o Governo Português e a Comissão Europeia, dizem que estão bem conscientes do esforço que é pedido a todos os trabalhadores, nomeadamente com o corte de 25% no valor dos salários acima dos 1.410 euros.
A Comissão Executiva, que é presidida desde há cerca de um ano pela gestora francesa Christine Ourmières-Widener, esclarece que tem estado “desde sempre, disponível, para o diálogo com todos os sindicatos e nas múltiplas reuniões que tem mantido com os responsáveis sindicais, presta toda a informação que é solicitada e procura, de boa fé, esclarecer todas as questões e dúvidas que são suscitadas”.
Contudo, face às pressões dos sindicatos e aos últimos comunicados de imprensa das estruturas sindicais, a Comissão Executiva da TAP diz que “não dialoga com os sindicatos através de comunicados de imprensa ou de declarações públicas que possam gerar títulos de notícias”. “Mantém sempre as portas abertas para o diálogo sério e construtivo, de uma forma que contribua para uma melhoria efetiva das condições de trabalho de todos os trabalhadores”, acrescenta.
Por isso, a Comissão Executiva da TAP “lamenta e repudia a constante tentativa de ataques à sua credibilidade e competência, os julgamentos de intenções e a cada vez mais frequente apresentação de ‘factoides’ avulso, propositadamente descontextualizados, distorcidos e até, nalguns casos, completamente falsos, com que alguns sindicatos bombardeiam constantemente a comunicação social”.
“A gestão de qualquer empresa é avaliada não por comunicados de imprensa sindicais, mas pelos resultados de gestão que apresenta, sendo esses resultados, ao contrário das afirmações produzidas por alguns sindicatos, auditados, verificados e validados pela tutela política e pelos diversos stakeholders da Companhia”, considera o órgão de gestão da TAP SA da responsabilidade de Christine Ourmières-Widener.
A Comissão Executiva da TAP reafirma, a concluir, que apresentará os resultados do segundo trimestre e primeiro semestre de 2022 no próximo dia 23 de agosto e “sabe que são esses resultados que permitem a avaliação do seu desempenho e do trabalho que está a ser desenvolvido na TAP, não só pela gestão, mas por todos os trabalhadores”.