De muitas formas, o Sukhoi Superjet alcançou o que os seus criadores decidiram fazer. É um avião de 100 lugares, em filas de cinco bancos, com uma economia razoável e que se destaca dos seus concorrentes em termos de largura de cabina e em conforto. É também algo de único: o primeiro avião comercial ocidental da Rússia. O que não conseguiu foi vender unidades em número suficiente para ser considerado um sucesso. Embora tenham sido produzidas 100 unidades, até há algumas semanas, em seis anos, apenas uma companhia aérea ocidental se comprometeu a comprá-lo e Moscovo teve de financiar a Sukhoi Civil Aircraft.
Com um rublo fraco, pagar o equipamento europeu e norte-americano tornou-se caro. O relacionamento entre a Sukhoi e a Alenia Aermacchi também sofreu com o agravamento de tensões políticas entre a Rússia e a Europa, sobre a Ucrânia. A ordem de compra de 15 aviões por parte da CityJet não irá salvar o programa, mas o negócio com a companhia aérea irlandesa representa um trunfo. A SupetJet International vê um enorme potencial na Europa e o exemplo da CityJet pode dar confiança a outras transportadoras.
A trégua antes do Embraer E-Jet E2 elevar o nível de performance é um ponto-chave. A Sukhoi deve resistir à tentação de cortar nos custos e substituir os fornecedores ocidentais por russos. Isso poderia matar as perspectivas do Ocidente. Pelo contrário, os parceiros devem focar-se em desenvolver uma variante mais alargada e aumentar a performance dos motores. Só desta forma o SuperJet continua a ser um concorrente sério.