A paragem forçada das frotas de Boeing 737 MAX está a criar muitos problemas às companhias norte-americanas que nos últimos meses tinham incorporado nas suas frotas algumas dezenas dos novos aviões de médio curso fabricados pela maior construtora aeroespacial mundial. São as notícias que chegam das duas principais companhias com maior número de aeroanaves desse modelo nas suas frotas.
A American Airlines não está a contar com a sua frota de 28 aviões Boeing 737 MAX 8 até ao próximo dia 19 de agosto, informou nesta segunda-feira, dia 15 de abril, a companhia.
A empresa aérea diz que foi obrigada a reestruturar toda a sua programação de voos nestes primeiros meses de Verão, em que são afetados 115 voos por dia, que tiveram de ser reposicionados com outros aviões da frota.
Um porta-voz da American disse que espera que a Autoridade Federal de Aviação (FAA) dos EUA certifique as alterações que a Boeing apresentou após os desastres na Indonésia e na Etiópia, e que garanta segurança absoluta e estabilidade à operação com os novos MAX, antes da data que aponta para o retorno dos 28 aviões que já estavam ao serviço.
Também a Southwest Airlines, a maior companhia de voos de baixo custo dos EUA, parou a 13 de março os seus 34 aviões MAX, a maioria dos quais se encontra no Aeroporto de Victorville, uma enorme plataforma de estacionamento e armazenamento de aeronaves no sul da Califórnia.
No início do corrente mês de abril, o presidente executivo da Southwest, Tom Nealon, dirigiu-se aos trabalhadores e clientes da companhia, através de correio electrónico e da redes sociais, e explicou o que a companhia tinha feito, para garantir a qualidade de serviço e a segurança de todos. Assim, os aviões estão a aguardar a certificação das alterações, que serão depois introduzidas nos aparelhos que estavam em uso. Tom Nealon, é mais otimista que os seus colegas da American e diz que espera ter a questão resolvida até ao dia 5 de agosto.
Entretanto da parte da Boeing e da FAA apenas a notícia de que as novas alterações estão a ser testadas e é necessário tempo para a análise e ensaio das alterações introduzidas no sistema MCAS.