Os governos da República de Cuba e dos Estados Unidos da América assinaram nesta terça-feira, dia 16 de fevereiro, na cidade de Havana, um memorando de entendimento sobre aviação civil que inclui rotas regulares diretas, o que acontece, pela primeira vez desde há mais de 50 anos.
“Hoje é um dia histórico na relação entre Cuba e Estados Unidos. Estamos a assinar este memorando de entendimento para que, pela primeira vez em mais de cinco décadas, EUA e Cuba tenham um serviço de transporte aéreo regular”, afirmou na capital cubana o secretário de Transporte dos EUA, Anthony R. Foxx.
Além de Foxx, assinaram este acordo o ministro dos Transportes de Cuba, Adel Yzquierdo, o secretário adjunto para Assuntos Económicos e Negócios do Departamento de Estado dos EUA, Charles H. Rivkin; e o presidente do Instituto de Aeronáutica Civil da República de Cuba, Alfredo Cordero.
Através deste acordo as companhias aéreas estado-unidenses poderão operar diariamente 110 voos de ida e volta entre EUA e Cuba, sendo 20 deles com destino ao Aeroporto Internacional José Martí, em Havana, e até 10 para cada um dos outros nove aeroportos internacionais cubanos. Segundo a agência noticiosa norte-americana ‘Associated Press’, o número é cinco vezes maior do que os voos que atualmente circulam entre os dois países, que são, na sua totalidade, fretados.
Na quarta-feira, dia 17 de fevereiro, será aberto o processo de licitação para que as companhias aéreas americanas apresentem as suas solicitações ao Departamento de Transporte para as rotas que gostariam de operar. Os voos deverão estar operacionalizados até ao princípio do último trimestre deste ano.
Segundo a agência noticiosa espanhola EFE, com bastante implantação nos países da América Latina, esse processo de licitação exclui a companhia estatal Cubana de Aviación devido a litígios nos Estados Unidos que poderiam fazer com que os seus bens fossem embargados se, por exemplo, os seus aviões entrarem em território dos Estados Unidos.