A tentativa de golpe de Estado no Burquina Fasso, que se verificou neste fim-de-semana e que já provocou a detenção do Presidente da República e de vários ministros pelos militares amotinados, está a ter repercussões no movimento das companhias aéreas estrangeiras com voos para aquele país da África Ocidental.
Na manhã desta segunda-feira, dia 24 de janeiro, as companhias Air France, Royal Air Maroc e Turkish Airlines anunciaram o cancelamento dos voos que estavam programados com partidas de Casablanca, Paris e Istambul, respetivamente.
No domingo, dia 23, foram ouvidos tiroteios em diversas instalações militares na cidade de Ouagadougou, capital do país, e numa base aérea próxima do aeroporto internacional. Notícias não confirmadas indicam que o movimento de aviões civis está suspenso. Aguardam-se informações mais esclarecedoras.
A situação agravou-se durante a madrugada e na manhã desta segunda-feira há notícias de que os militares dissidentes tomaram conta do Palácio Presidencial e de alguns quartéis. Os amotinados pretendem que o governo forneça melhores meios e equipamentos para lutarem contra a onda islâmica que invade o país, com diversos grupos de jidahistas envolvidos em atentados terroristas.
O Burquina Fasso (designado internacionalmente por Burkina Faso) é dos países mais pobres do continente africano e tem um historial político-militar instável, desde que ganhou a independência da França, em 1960.