Conviasa Venezuela suspende voos devido a problemas financeiros

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A Conviasa, companhia aérea estatal da Venezuela, deixou de voar na tarde da sexta-feira, dia 5 de maio, devido a problemas financeiros, anunciaram fontes aeroportuárias naquele país latino-americano.

Ao fim da tarde o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) anunciou em Caracas que tinha mandado parar toda a frota da Conviasa, devido às apólices de seguro dos seus aviões não estarem válidas, por falta de pagamento.

Ao princípio da tarde a companhia espanhola Wamos Air, que tinha um Boeing 747-400 (matrícula EC-KXN) alugado à Conviasa para os voos de Caracas para Madrid (Espanha) e para Buenos Aires (Argentina), também tinha admitido que o contrato tinha acabado, sem referir os motivos da rescisão. Mais tarde, a imprensa espanhola confirmava que a razão era falta de pagamento dos serviços efetuados para a companhia estatal venezuelana. Algumas centenas de passageiros têm bilhetes comprados para viajarem nesses voos nos próximos meses. Muitos encontram-se fora da Venezuela e nas redes sociais estão a  perguntar quem se responsabiliza pelo seu regresso a Caracas. A responsabilidade é da Conviasa, já que a Wamos Air é apenas dona do avião que foi alugado para efetuar rotas da companhia aérea estatal venezuelana.

A Venezuela passa por um momento muito delicado, com diversas áreas da atividade económica bloqueadas, devido à situação de conflito político-social que se vive no país, que na última semana já provocou dezenas de mortos e muitas centenas de feridos. A população protesta nas ruas contra a política e as restrições impostas aos venezuelanos pelo ditador Nicolás Maduro, que levou ao encerramento da maioria das unidades produtivas na Venezuela, privando a população de bens alimentares de primeira necessidade. Além de não respeitar a oposição, que é maioritária no Parlamento, Maduro ordenou a dissolução e encerramento da Assembleia da República, onde não disponha de maioria, e convocou novas eleições para uma Assembleia Constituinte com poderes para alterar a Constituição, uma forma de, acusa a oposição democrática, se perpetuar no Poder.

A Conviasa tem uma frota de dezena e meia de aviões regionais Embraer ERJ190 que voa nos voos internos e domésticos e para países vizinhos na América Latina.

O Boeing 747-400 da Wamos Air que foi alugado à Conviasa nos últimos meses para os voos de longo curso para Espanha e para a Argentina, fotografado na sexta-feira à noite no Aeroporto de Madrid/Barajas, já com mais de metade do autocolante/adesivo ‘Conviasa’ retirado. Foto © R. Torija

 


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