O empresário David Neeleman, fundador e presidente da Azul Linhas Aéreas Brasileiras e a partir de agora sócio da companhia portuguesa TAP, afirmou na manhã desta quarta-feira, em Lisboa, que ambiciona criar mais dez destinos para os Estados Unidos da América (EUA) e oito a dez no Brasil e prometeu que vai “fazer tudo” para reforçar o capital da empresa, comprar mais aviões e “tratar bem as pessoas”, que considerou o principal ativo da TAP.
Neeleman deixou descansados os que suspeitam que o centro de operações da TAP pode sair de Lisboa, tendo afirmado que a se trata de uma empresa muito importante para Portugal e que, por isso, quando o Governo pediu 30 anos de compromisso para o ‘hub’ (centro de operações) permanecer em Portugal, respondeu: “Podemos dar 100 anos”.
O presidente da Azul falava esta manhã na capital portuguesa na cerimónia de assinatura do contrato de venda de 61% do capital do Grupo TAP SGPS que inclui duas companhias aéreas, a TAP Portugal e a PGA Portugália Airlines, a TAP M&E no Brasil (instalações no Rio de Janeiro e em Porto Alegre) e a empresa de assistência a aviões e passageiros em escala Ground Force, presente na maioria dos aeroportos portugueses.
Por seu lado, o empresário Humberto Pedrosa, que lidera o consórcio Gateway, juntamente com David Neeleman, afirmou que quer tornar a companhia aérea portuguesa na melhor da Europa e que está nos negócios “para ficar”.
O dono do grupo Barraqueiro, que hoje assinou o contrato para a venda de 61% da TAP juntamente com o empresário norte-americano e brasileiro David Neeleman, sublinhou que este é “um dia muito importante para Portugal”, porque “se firma um compromisso de crescimento (…) com base no histórico empresarial de dois parceiros com provas dadas de sucesso e credibilidade”.
Garantiu ainda que os empresários estão apostados em fazer crescer a TAP num projeto de longo prazo, ambicioso, “mas sólido e realista” e que querem fazer da companhia “a melhor da Europa”.
“Posso garantir com orgulho que a TAP é efetivamente portuguesa”, garantiu o dono da ‘Barraqueiro’ que é hoje um dos maiores grupos portugueses na área dos transportes e da logística.
A 11 de junho, o Governo Português aprovou a venda de 61% do capital social da TAP ao consórcio Gateway, do empresário português Humberto Pedrosa e do empresário norte-americano David Neeleman – um dos dois finalistas do processo de privatização da transportadora aérea portuguesa, sendo o candidato preterido Germán Efromovich.
O contrato com o agrupamento vencedor, que formalizou a compra, foi assinado nesta quarta-feira no Ministério das Finanças, em Lisboa, na presença da ministra titular e do ministro da Economia.
- Imagem do canal televisivo público RTP divulgada nesta quarta-feira, dia 24 de Junho, vendo-se em primeiro plano David Neeleman e Humberto Pedrosa.