A ANA – Aeroportos de Portugal confirmou esta quarta-feira, dia 17 de abril, que o fornecimento de combustível foi retomado no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e no de Faro, no sul de Portugal, mas ainda aquém das necessidades diárias habituais.
“A ANA encontra-se, em conjunto com as companhias aéreas e ‘handlers’, a trabalhar no plano de recuperação com vista à normalização do abastecimento e da operação aeroportuária”, refere em comunicado a empresa gestora dos principais aeroportos portugueses.
Segundo a ANA, as companhias aéreas mantêm assim ativos os seus planos de contingência e, por isso, os passageiros devem informar-se sobre eventuais impactos da greve dos motoristas de matérias perigosas junto das mesmas.
Há notícia de alguns voos de e para aeroportos portugueses que fizeram escala em aeroportos espanhóis para serem abastecidos de combustível.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00h00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) informou que não foi ainda retomado o abastecimento dos postos de combustível, apesar da requisição civil, e que já há marcas “praticamente” com a rede esgotada.
O primeiro-ministro português admitiu alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.
Na terça-feira, dia 16 de abril, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira, dia 18 de abril, os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, foram definidos os serviços mínimos.
Militares da Guarda Nacional republicana (GNR) estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.