Deputados pedem retoma do voo regular da TAP entre Portugal e Venezuela

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Os deputados da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas manifestaram nesta terça-feira, dia 12 de maio, “grande” preocupação relativamente à situação dos portugueses na Venezuela, agravada pela pandemia e falta de combustíveis, e consideraram uma prioridade a retoma dos voos da TAP Air Portugal para aquele país latino-americano.

“A situação da comunidade portuguesa na Venezuela é dramática, do ponto de vista económico, de segurança, agudizou-se com o problema da pandemia e a falta de combustíveis e é preciso que haja voos da TAP para aquele país”, disse à agência de notícias ‘Lusa’ o deputado do Partido Social-Democrata (PSD) José Cesário, adiantando que esta foi uma questão debatida na reunião da Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas (CNECP).

O deputado considerou que “há uma expectativa” de que o Governo português consiga que a proibição de a companhia aérea voar para aquele país, imposta pelo Governo de Nicolás Maduro, seja levantada, mas defendeu que deve haver um envolvimento da União Europeia (UE) na resolução deste problema.

“A UE tem de ser solidária com um Estado-membro na resolução do levantamento desta proibição”, sublinhou, em declarações à ‘Lusa’.

Pelo lado do Partido Socialista, o deputado Paulo Porto confirmou que a necessidade do regresso da TAP à Venezuela foi, mais uma vez, um assunto abordado na comissão, como uma das prioridades.

“A comunidade portuguesa está a ser prejudicada pela interrupção unilateral dos voos da TAP entre a Venezuela e Portugal, a qual perdura até hoje, agravada pelo encerramento das ligações aéreas do país com a Europa, Américas e outros países”, sublinham os socialistas numa nota de conclusão da reunião.

Em 17 de fevereiro, o Governo venezuelano anunciou a suspensão por 90 dias das operações no país da companhia aérea portuguesa TAP, “por razões de segurança”, após acusações de transporte de explosivos num voo oriundo de Lisboa (LINK notícia relacionada). Depois disso, no final desse mês, houve uma reunião em Genebra entre os ministros dos Negócios Estrangeiros (Relações Exteriores) dos dois países, mas nada foi resolvido da parte do Governo de Maduro (LINK notícia relacionada).

As autoridades venezuelanas consideram que a TAP, nesse voo entre Lisboa e Caracas, violou normas de segurança internacionais, permitindo explosivos, e também ocultou a identidade do autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, na lista de passageiros.

O Governo português pediu um inquérito para averiguar a veracidade das acusações que envolviam a transportadora aérea portuguesa, dizendo não ter qualquer indício de irregularidades no voo.

A TAP Air Portugal, até fevereiro passado, tinha uma rota regular entre o Aeroporto Humberto Delgado/Lisboa e o Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetia, no Estado Vargas, que serve a cidade de Caracas, capital da Venezuela. O voo estava a ser realizado com equipamentos e tripulações contratados à companhia portuguesa Euro Atlantic Airways, duas vezes por semana.

 

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