Desastre com Antonov An-12 na Ucrânia provoca cinco mortos

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Um avião cargueiro Antonov An-12, matrícula UR-CAH, ao serviço da companhia Ukraine Air Alliance, sofreu um grave acidente na manhã desta sexta-feira, dia 4 de outubro, na cidade de Lviv, na Ucrânia, a cerca de um quilómetro do Aeroporto Internacional de Leopólis. A bordo seguiam sete tripulantes e um passageiro todos de nacionalidade ucraniana. Morreram cinco e três estão hospitalizados em estado grave.

O avião era procedente do Aeroporto de Vigo, no norte da Espanha, e transportava cerca de 10 toneladas de peças automóveis para Istambul, na Turquia. A carga estava a ser enviada por uma fábrica de Pontevedra, na Galiza.

As informações sobre a forma como o acidente terá ocorrido são confusas e, por isso, as autoridades ucranianas, além de mandarem instruir o inquérito que apurará as causas do acidente, resolveram mandar abrir um processo criminal em que pretendem responsabilizar a companhia aérea pelo sinistro.

As primeiras informações indicam que o avião estava a descer em Lviv para reabastecimento, em escala para o seu destino, na Turquia. Quando estava no final da aproximação ao aeroporto o combustível terá acabado e o comandante, inevitavelmente, procedeu a uma aterragem de emergência. Uma hipótese aceitável, atendendo à posição em que o avião ficou imobilizado no solo.

Após terem chegado ao local do acidente os inspectores da Autoridade Nacional de Aviação da Ucrânia concluíram que se registou violação dos regulamentos de segurança ao abrigo do Código Penal do país. Uma opinião que é partilhada também pelas autoridades policiais.

O chefe da administração regional de Lviv, Andriy Sadovyi, relatou que as cinco vítimas mortais foram esmagadas pela carga e observou que muitos fragmentos dos corpos estavam espalhados pelo avião.

Sadovyi negou que estivesse prevista uma paragem técnica do avião em Lviv, mas os pilotos pediram um “reabastecimento de emergência”.

 

Segundo o canal televisivo ucraniano 112, o avião voava há 51 anos, tendo servido como transporte militar entre 1968 e 1995 e, a partir desse ano, passou a realizar voos civis.

O vice-ministro das Infraestruturas e Transportes ucraniano, Yuriy Lavreniuk, informou o canal 112 que diferentes hipóteses do incidente estão a ser estudadas. “A primeira hipótese é que o combustível acabou. E a segunda é que se trata de um erro do piloto”, disse Lavreniuk, desconsiderando a hipótese de um problema meteorológico, já que o avião tinha o equipamento necessário para aterrar com nevoeiro.

A fábrica Antonov divulgou um comunicado em que confirma que o avião sinistrado saiu das linhas de montagem da Antonov, em Tashkent, no dia 15 de maio de 1968 e que tinha sido modernizado e revisto em janeiro de 1990. Tinha certificado válido até maio do próximo ano.

 

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