A Air Macau obteve resultados operacionais muito positivos no primeiro trimestre deste ano, crescendo em todas as vertentes, e estabelecendo recordes no volume de passageiros e na taxa de ocupação. Neste capítulo, ultrapassou pela primeira vez a fasquia dos 80%, bem como as médias dos mercados mundial e da Ásia-Pacífico.
A notícia é veiculada nesta quarta-feira, dia 23 de maio, pelo jornal ‘Tribuna de Macau’, em artigo assinado pelo jornalista Sérgio Terra, diretor do periódico de língua portuguesa.
Depois de ter enfrentado altos e baixos ao longo de 2017, a Air Macau “descolou” em força este ano, ao ponto do primeiro trimestre representar o melhor período da sua história no capítulo operacional.
Entre Janeiro e Março, a transportadora da Região Autónoma Especial de Macau (RAEM), território sob soberania chinesa, onde a língua oficial é o português, cresceu em todos os parâmetros operacionais, desde os que medem a oferta aos que refletem o nível da procura, segundo indicam dados da Air China, sua acionista maioritária com uma participação de 66,9%.
A frota da Air Macau, que conta com 18 aviões Airbus da gama A320 no ativo, transportou mais de 762.800 passageiros nos primeiros três meses deste ano, o que equivale a um acréscimo de 12,94% comparativamente ao mesmo período de 2017. Há um ano, a variação homóloga foi, aliás, negativa, com o fluxo de passageiros a cair 2,38% para 675.400.
Os registos disponíveis desde 2007 demonstram que o volume de passageiros é o mais elevado de sempre no primeiro trimestre de um ano e teve um contributo importante para o movimento geral do Aeroporto Internacional de Macau, cuja rubrica do transporte aumentou cerca de 20% ao abranger mais de dois milhões de viajantes.
Os números a que a ‘TRIBUNA DE MACAU’ teve acesso mostram ainda que a taxa de crescimento de passageiros da Air Macau excedeu o desempenho do mercado global da aviação e da região Ásia-Pacífico, onde as subidas atingiram 7,2% e 9% até Março, respectivamente, segundo estimativas da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA, na sigla inglesa).
Por outro lado, o reforço do universo de clientes permitiu à companhia aérea do território de Macau alcançar um recorde absoluto na taxa de ocupação, que avançou 7,23 pontos percentuais para 81,8% nos três primeiros meses de 2018. Além de ultrapassar pela primeira vez a fasquia dos 80%, este indicador superou as médias mundial (80,9%) e da Ásia-Pacífico (81,7%), marcando um claro contraste com os últimos anos, quando as taxas ficaram aquém dos 70% na maior parte dos casos.
A melhoria na captação de clientes também é amplamente comprovada pela subida de 13,3% no indicador RPK (Revenue Passenger Kilometer), que reflete a procura real de transporte. Do lado da oferta o aumento foi mais moderado: o parâmetro ASK (Available Seat Kilometer), que avalia a capacidade disponível para passageiros, avançou 3,29% entre Janeiro e Março.
Embora o relatório da Air China não inclua dados financeiros da Air Macau, os resultados operacionais do primeiro trimestre deixam a transportadora de ‘bandeira’ da RAEM numa boa posição para atingir o nono ano consecutivo de lucros. Em 2017, segundo dados do grupo chinês, a Air Macau contabilizou lucros líquidos de 70 milhões de renminbis, correspondentes a cerca de 90 milhões de patacas (cerca de nove milhões de euros), depois de ter sofrido prejuízos de 15 milhões de renminbis (19,2 milhões de patacas ou 1,9 milhões de euros) na primeira metade do ano.
De acordo com os mesmos dados, no cômputo geral do ano transacto, as receitas da Air Macau aumentaram 6,39% para 2.832 milhões de renminbis, o número de passageiros desceu 0,74% para 2,78 milhões e a taxa de ocupação dos voos avançou 1,71 pontos para 74,96%.