O processo da detenção do avião da Cabo Verde Airlines (CVA) na ilha do Sal é “irreversível”, disse nesta terça-feira, dia 29 de junho, na Cidade da Praia, o primeiro-ministro do País, Ulisses Correia e Silva.
“A proposta agora é negociar a saída porque há questões relacionadas com indemnização, mas o processo é irreversível. O Governo já aprovou o decreto-lei, vai para a presidência para promulgação e o mais breve possível será publicado”, explicou o governante cabo-verdiano em declarações à imprensa.
No entanto, esclareceu que não se trata de um arresto, mas de uma providência cautelar para garantir que o avião não saia do País antes da conclusão do processo de privatização.
“Nós estamos no processo de privatização, o diploma já foi aprovado e a partir daí o Governo indicará um novo conselho de administração que tomará conta da gestão da empresa”, precisou.
No início desta semana, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou a decisão do Governo de reverter a privatização dos 51% do capital da Cabo Verde Airlines que está na posse da Icelandic, com o argumento de que o parceiro estratégico não está a cumprir com as suas responsabilidades.
Na sexta-feira, 25, a ministra da presidência do Conselho de Ministros confirmou que o Governo pediu o arresto do único avião da companhia para servir como garantia para pagar as dívidas da companhia junto de credores e fornecedores.