Drones poderão monitorizar áreas de soja no Mato Grosso do Sul

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Uma parceria firmada entre a Associação de Produtores de Soja do Estado do Mato Grosso do Sul (APROSOJA/MS) e a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), possibilitará a utilização de veículos aéreos não tripulados, os chamados drones, para monitorizar lavouras de soja deste Estado brasileiro. A ideia é que o resultado da pesquisa e das imagens captadas pelo aparelho tecnológico auxilie nas análises do SIGA – Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, desenvolvido pela APROSOJA/MS. O SIGA é disponibilizado no site da instituição, com informações da cultura de grãos atualizadas por meio de análises de imagens de satélite.

Inicialmente, foi escolhida uma área no município de Campo Grande na qual será acompanhada semanalmente a progressão do plantio com a observação do possível crescimento de ervas daninhas, surgimento de pragas, falhas na plantação e falta ou excesso de água. “Hoje, os pesquisadores da UCDB utilizam os dados do SIGA para o acompanhamento das áreas produtivas, mas a intenção é que posteriormente o material captado pelo drones auxilie os técnicos do sistema”, ressalta o analista de grãos do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Leonardo Carlotto.

O analista explicou que duas áreas serão acompanhadas, uma com certo tempo de cultivo e outra em início de plantação. “Este projeto é pioneiro e com a comparação conseguiremos verificar quais os problemas reais de cada plantação. As imagens fornecidas pelo drone irão identificar com maior rapidez onde é necessário combater pragas ou receber reforço na adubação”, destacou.

 

Cenário nacional

Embora o uso de aeronaves não tripuladas esteja gerando uma polêmica com operadores aeroagrícolas nos Estados Unidos – pelo medo dos aparelhos disputarem o mesmo espaço aéreo, no Brasil o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG) aposta em uma regulação sem sobressaltos. Mesmo assim, segundo o seu presidente, Nelson Antônio Paim, a entidade está atenta à questão. Até porque, por enquanto, apenas voos experimentais são autorizados no Brasil.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) apresentou em Fevereiro uma proposta para regularizar os drones (ou vants). A minuta ainda deve passar por uma avaliação jurídica para depois ir à audiência pública. Após isso, será preciso fazer outro exame e, depois de aprovada, será publicada no Diário Oficial da União.

 

  • Texto da autoria de Lenix Barbosa publicado pelo portal ‘MA Notícias’ e reproduzido no boletim do SINDAG – Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola do Brasil, ‘SINDAG News’ de 07 de Novembro.

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