O presidente da Confederação de Turismo de Portugal (CTP) defendeu, nesta quinta-feira, dia 14 de julho, que “é fundamental decidir já sobre a nova infraestrutura aeroportuária” e que “não pode haver dúvidas para ninguém”.
Francisco Calheiros falava à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’ no fim da conferência de imprensa de apresentação das conclusões do estudo “Impacto económico da não decisão sobre a implementação do novo Aeroporto de Lisboa”, realizado pela EY para a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que decorreu em Lisboa.
“O que eu penso que o que não pode haver dúvidas para ninguém” que “é fundamental decidir já sobre a nossa nova infraestrutura aeroportuária”, salientou o presidente da CTP.
O estudo apresentado nesta quinta-feira tem quatro cenários, em que analisa se a recuperação é lenta ou se a recuperação é rápida e se é uma decisão a seis ou a 13 anos.
“De alguma forma coincide com o que está em cima da mesa: Montijo e Alcochete”, prosseguiu, salientando que este estudo esteve a ser feito há cinco meses.
Na altura, “e eu relembro que em 2020 houve uma quebra de 60% do turismo, em 2021 de 40%. Recordo que ninguém pensava que a recuperação fosse tão rápida em 2022”, prosseguiu.
Ou seja, “nós em abril tivemos mais 1% do que em 2019 e é expectável que a receita este ano até ultrapasse os valores de 2019” em dormidas.
Com este cenário, o da recuperação lenta “está ultrapassado”, referiu, salientando que há ano estimava-se que o mercado recuperasse em 2023 ou 2024.
Por isso, neste momento o que existe são dois cenários de recuperação rápida e a existência de uma infraestrutura daqui a cinco, seis ou 13 anos.
Na solução mais rápida, em que o país menos perde, estima-se um VAB, ou seja, a riqueza que o país cria, de 6.800 milhões de euros e a perda de mais de 27 mil empregos.
“Isto é, se houver uma decisão hoje”, apontou Francisco Calheiros.
Durante a conferência, a CTP colocou um quadro com um cronómetro a indicar a perda de riqueza gerada pela não decisão da nova infraestrutura aeroportuária.
Partindo do zero, o impacto até cerca do meio-dia era de “132.000 euros”.
O aeroporto, insistiu, “não é só Lisboa” porque “alimenta muito toda a região Centro, Alentejo, Açores a Madeira” e “não é só turismo”, sublinhou.
“É uma infraestrutura fundamental para o país, para a nossa economia, para os investidores que nos visitam, para as famílias, é fundamental termos esta nova infraestrutura para podermos desenvolver mais o nosso país”, rematou.