A companhia europeia de baixo custo EasyJet anunciou nesta quarta-feira, dia 11 de novembro, a sua adesão à ‘Race to Zero’, uma campanha global apoiada pelas Nações Unidas, a fim de atingir emissões líquidas zero até 2050, o mais tardar.
Ao aderir à ‘Race to Zero’, a companhia aérea compromete-se a estabelecer uma meta provisória baseada na ciência para 2035, bem como a atingir emissões líquidas zero até 2050, alinhando-se com os critérios e recomendações da iniciativa Science Based Targets (SBTi). Além disto, a EasyJet planeia também apresentar a sua jornada até ao zero líquido nos próximos meses.
Johan Lundgren, presidente executivo da empresa, considera que “a adesão à Race to Zero é um marco importante na jornada da EasyJet até as emissões neutras em carbono, pelo que estou muito orgulhoso de poder fazer este anúncio. A mudança climática é uma questão que todos temos de enfrentar – incluindo nós, EasyJet. Temos a responsabilidade de minimizar o impacto dos nossos voos e estamos a trabalhar arduamente para que isso aconteça; desde voos eficientes até à renovação da frota, passando pelo facto de sermos a única grande transportadora europeia que está a compensar as emissões de carbono do combustível utilizado em todos os seus voos, e em nome de todos os seus clientes. A nossa ambição é, em última análise, alcançar emissões líquidas zero no Reino Unido e em toda a Europa. Para tal, estamos a trabalhar proativamente ao lado dos líderes da indústria, como a Airbus e a Wright Electric, com o objetivo de ajudar, apoiar e defender as tecnologias de emissões zero para aviões de passageiros do futuro.”
Tornar o ato de voar mais sustentável é algo EasyJet há muito que tem vindo a dar prioridade. Em 2019, tornou-se a primeira grande companhia aérea a nível mundial a compensar as emissões de carbono do combustível utilizado em todos os seus voos. Atualmente, continua a ser a única grande companhia aérea na Europa a fazê-lo. Estes atos não implicam custos adicionais para os seus passageiros, e a companhia apoia somente projetos que são certificados pelo Gold Standard ou pelo Verified Carbon Standard.
Apesar disto, a EasyJet reconhece que esta compensação só poderá ser uma solução provisória. A companhia acredita que a aviação precisa de fazer mudanças radicais. Desta forma, está a trabalhar com os seus parceiros Airbus e Wright Electric para acelerar o desenvolvimento de tecnologias com emissões zero em carbono. Com isto, a companhia aérea revela-se otimista em poder começar a transportar os seus clientes em aviões alimentados por combustão de hidrogénio, hidrogénio-elétrico ou até, um híbrido de ambos até meados dos anos 2030.
A EasyJet opera presentemente uma frota de aviões Airbus NEO, que são 15% mais eficientes em termos de combustível do que os aviões que aviões que substituem, e continua a aumentar a sua frota com estes. Deste modo, a frota torna-se uma das mais jovens e mais eficientes em termos de combustível na Europa.
A companhia aérea está também a esforçar-se constantemente nas suas operações diárias para reduzir o consumo de combustível, com circulação monomotor nos acessos às pistas de aterragem/descolagem à partida e à chegada e a utilização de informação meteorológica avançada para melhorar o desempenho da navegação. Estes esforços significam que, desde 2000, a EasyJet reduziu as suas emissões de carbono por passageiro-quilómetro de eficiência em mais de um terço.
Para além do carbono, EasyJet concentra-se na redução do plástico – mais de 27 milhões de artigos plásticos de utilização única foram eliminados – bem como na redução de resíduos no âmbito das suas operações mais amplas e da cadeia de abastecimento. Por exemplo, a companhia aérea também introduziu recentemente novos uniformes de tripulação feitos a partir de garrafas de plástico reciclado. Quarenta e cinco garrafas dão origem a cada equipamento – tendo potencial para evitar que 2,7 milhões de garrafas de plástico acabem em aterros ou nos oceanos durante os próximos cinco anos. As peças de vestuário são fabricadas a partir de um material de alta tecnologia que é feito com fontes de energia renováveis e tem uma pegada de carbono 75% mais baixa do que o poliéster tradicional.
- Informação da EasyJet