EasyJet agrava prejuízo no 1º trimestre e implementa plano de reestruturação

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A companhia de baixo custo europeia EasyJet registou prejuízos antes de impostos declarados de 747 milhões de euros (645 milhões de libras) no primeiro semestre fiscal encerrado em 31 de março, face a 409 milhões de euros de perdas do mesmo período de 2020.

Os resultados do primeiro semestre, que a companhia assinala estarem “em linha com as expectativas”, tendo em conta as restrições às viagens devido à pandemia de covid-19, foram apresentadas nesta quinta-feira, dia 20 de maio.

No período em análise, os prejuízos antes de impostos (depois de contabilizados os ganhos financeiros, câmbios de moeda, entre outros) foram de 812 milhões de euros (701 milhões de libras), mais que os 224 milhões de euros de perdas no primeiro semestre de 2020, ainda que dentro do intervalo previsto pela companhia, de 799 a 845 milhões de euros.

A receita total da EasyJet diminuiu 90% durante este período, para 278 milhões de euros, enquanto o número de passageiros nos seis meses encerrados em 31 de março deste ano diminuiu 89,4%, para 4,1 milhões.

A companhia aérea reduziu a capacidade em 85%, para 6,4 milhões de assentos, o que representa 14% dos níveis de capacidade do primeiro semestre de 2019.

Já a taxa de ocupação das aeronaves diminuiu 26,6 pontos percentuais, para 63,7%.

Com as receitas afetadas pelas restrições às viagens, a EasyJet preparou um programa de operações nos últimos meses que lhe permitiu continuar com o programa de reestruturação e redução de custos.

Assim, de acordo com a empresa, os seus custos recorrentes, excluindo combustível, diminuíram 59% para 977 milhões de euros, impulsionados por uma diminuição da capacidade e poupanças de materiais.

A companhia aérea espera que o programa de redução de custos permita poupar 579 milhões de euros ao longo deste ano fiscal.

A transportadora britânica referiu que mantém a “robustez do balanço patrimonial”, com liquidez total obtida durante a pandemia de mais de 5.794 milhões de euros, uma dívida líquida de 2.317 milhões de euros e classificações de crédito com grau de investimento.

“Com as viagens de lazer em ascendente progressão no Reino Unido novamente desde o início desta semana, onde somos a maior operadora de países da ‘lista verde’ e com tantos governos europeus a facilitar as restrições para possibilitar de novo as viagens, estamos prontos para aumentar significativamente os nossos voos para o verão com vista a maximizar as oportunidades que vemos na Europa”, referiu, em comunicado, o presidente executivo da EasyJet, Johan Lundgren (na imagem de abertura).

 

 

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