Portugal poderá ser uma das escolhas dos responsáveis da EasyJet para estabelecer a nova sede da companhia aérea de baixo custo, presentemente registada no Reino Unido e com Certificado de Operador Aéreo (COA) daquele país.
A notícia é avançada nesta segunda-feira, dia 6 de março, pelo ‘Diário de Notícias’ (DN) de Lisboa, que escreve que Portugal e Áustria estão na ‘short-list’ dos países membros da União Europeia (UE) para onde a EasyJet se deverá mudar, dada a saída do Reino Unido da UE, na sequência do referendo que no ano passado determinou o processo de abandono da Comunidade conhecido por ‘Brexit’.
A companhia aérea, que tem também bases operacionais em território português, tem de decidir até ao próximo mês de maio em que país vai pedir um novo COA até final de maio. Fontes ligadas ao processo admitem que a escolha irá recair ou em Portugal ou na Áustria. “O novo registo na UE chegará como forma de contornar os entraves à circulação de pessoas que o Brexit ameaça trazer”, lê-se no jornal português.
Ao que o ‘DN/Dinheiro Vivo’ apurou, tem havido conversas com o governo português desde a segunda metade do ano passado, centradas na criação de uma marca nacional que permita à companhia low–cost manter a sua operação na União Europeia.
A EasyJet é britânica, mas tem na sua génese 40% de capital cipriota, o que permite cumprir com alguma facilidade as regras europeias que regem a aviação.
Como britânica, a companhia tem um COA no Reino Unido – a sede é em Luton -, e tem um segundo na Suíça, porque não poderia operar no país de outra forma. Com o Brexit, a empresa precisa de uma terceira licença. “A EasyJet mantém o seu compromisso com o Reino Unido e tomou passos para garantir o futuro no negócio depois do resultado do referendo”, afirmou John Barton, presidente do Conselho de Administração do grupo, no último relatório e contas. A empresa tinha já tinha dito formalmente, no final do verão de 2016, que “como parte de um plano de contingência pré-referendo tivemos discussões informais com vários reguladores de aviação europeus sobre o registo de operação aérea num país europeu. Agora começámos um processo formal para adquirir um COA”.