EAU serve de ponte entre governos e investidores para modernizar a aviação

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A cerimónia de abertura da Cimeira Global de Investimentos na Aviação, denominada pelas iniciais GIAS (Global Investment in Aviation Summit), que decorreu esta semana na cidade do Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU), incluiu uma série de palestras e painéis de discussão, em que marcaram presença diversos parceiros internacionais, com amplas audiências e uma atenção muito particular nos desenvolvimentos futuros, que são animados por uma grande evolução tecnológica e pela existência de capital e investidores interessados no negócio.

Desde entidades governamentais, que tutelam o sector e respectivos reguladores, passando por líderes empresariais e decisores financeiros, até criadores de startups, que procuram investidores para lançarem novos negócios, todos, neste dias no Dubai, puderam partilhar conhecimentos e experiências, extrapoladas para a atual situação económica mundial e de acordo com as oportunidades que o crescimento da Aviação Comercial está a registar de forma global.

Na sessão inaugural de abertura, na segunda-feira, dia 28 de janeiro, estiveram presentes o ministro da Economia dos Emirados Árabes Unidos, Sultan Bin Saeed Al Mansouri, e o presidente do Conselho da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO), que foram os oradores principais.

No seu discurso de boas vindas Al Mansouri relevou o tema da cimeira – ‘Ligar os mercados desenvolvidos e emergentes através de oportunidades de investimento atrativas na aviação’. “Um mercado global visa promover o investimento e melhorar a navegação aérea internacional, incentivando discussões e acordos entre governos, decisores e investidores”, observou o governante emiradense.

Até ao ano 2034, a aviação civil testemunhará um aumento duplo no número de passageiros em comparação aos anos anteriores. Isso levará ao surgimento da necessidade de implementar a modernização e a expansão da infraestrutura aeroportuária de alta qualidade, exigindo mais investimentos para igualar o investimento previsto de 1,8 biliões de dólares norte-americanos (US $ 1,8 trilhão na contabilidade americana) necessários entre 2015-2030.

O vultuoso investimento, que é preciso fazer ao nível das infraestruturas nos próximos anos, e o facto de se poder discutir o futuro com verdadeiros parceiros do sector nesta cimeira, confirmam a importância da GIAS e a sua oportunidade, disse Bin Saeed Al Mansouri .

A importância desta Cimeira assume-se também pelo facto de investidores regionais e internacionais poderem se encontrar para continuar no financiamento recente, bem como envolver investidores não tradicionais no mercado, tais como companhias de seguros, fundos soberanos, bancos, zonas francas, empresas de engenharia e de construção civil, universidades e outros, que poderão partilhar os benefícios económicos do setor da aviação.

“A aviação trouxe enormes benefícios sociais e económicos para o mundo e uma das questões urgentes dos países em desenvolvimento e avançados em todo o mundo é manter o futuro da aviação e promovê-lo através de investimentos em infraestrutura, ativos e novas tecnologias. Isto é confirmado pelos relatórios divulgados pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), a União dos Estados Africanos, a Organização do Serviço de Navegação Aérea Civil (CANSO) e a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA)”, referiu mais adiante o governante árabe.

Bin Saeed Al Mansouri defendeu “uma aviação segura, eficaz e ambientalmente correta” e explicou que isto “requer mais investimento e desenvolvimento contínuo, a fim de permitir que o sistema global de aviação atenda a demandas futuras em vários campos relacionados, como a infraestrutura aeroportuária ou a sua capacidade”. Lembrou ainda que a maior eficácia das aeronaves, contribuirá “para ganhos maiores para a indústria, reduzindo o tempo de viagem e mantendo a confiança do público de que a aviação é segura e responsável, e que enfrenta os desafios com inovação e soluções ecológicas”.

Por tudo o que disse o ministro da Economia dos Emirados Árabes Unidos, o país pretende se posicionar como ponto de convergência de vontades, local de acolhimento para as empresas do sector, as que já funcionam e que no Médio Oriente poderão dispor de melhores condições de desenvolvimento e crescimento, e para todas quantas estão a pretender entrar no negócio. A posição geoestratégica é importante, assim como as condições que hoje os sete emirados disponibilizam, nomeadamente financeiras e técnicas, com ampla cobertura social, para que o investimento cresça no País.

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