A Embraer revelou nesta semana detalhes adicionais sobre seu novo projeto de aeronave turboélice.
Rodrigo Silva e Souza, chefe de marketing e estratégia da Embraer Commercial Aviation, traçou nesta terça-feira, dia 22 de julho, uma visão para a nova aeronave, além de detalhar como a aeronave deve atingir o mercado nesta década.
Em uma apresentação virtual do ‘Farnborough Airshow Connect’, Rodrigo Silva e Souza afirmou que o projeto está avançando devido à versatilidade da aeronave. Ele acredita que o avião poderia ser aplicado em mercados com pouca demanda e em locais onde é difícil pilotar em um jato comercial.
Além disso, ele observou que a aeronave ecológica seria para voos de curta distância, juntamente com os motivos acima mencionados, significa que há muito espaço para a Embraer introduzir um novo avião – mesmo quando o setor enfrenta uma desaceleração significativa.
A estratégia da Embraer, no futuro, é criar um turboélice que reduz as emissões de carbono e se encaixe na categoria de grandes turboélices. O avião acomodaria entre 70 e 100 passageiros. A Embraer acredita que a tecnologia existe para levar o avião ao mercado. Nos bastidores, o projeto está avançando com a equipe conduzindo uma extensa pesquisa de mercado e conversando com fornecedores de motores.
Este novo turboélice competirá com o Dash 8-400 e o ATR 72-600. O Dash 8-400 atinge o máximo de 90 passageiros, de acordo com a De Havilland Aircraft do Canadá, enquanto o 72-600, na versão maior, acomoda 78 passageiros, de acordo com a ATR.
O turboélice da Embraer também teria capacidade semelhante à atual linha dos E-Jet, com o E175 acomodando cerca de 70 a 80 passageiros, enquanto os E190 têm cerca de 90 ou mais. Embraer disse que não está buscando voltar ao passado com pequenos turboélices e jatos regionais, mas sim criar um turboélice eficiente que possa suportar uma variedade de missões.
Como o projeto está em seus estágios iniciais de desenvolvimento, há muito mais que o fabricante ainda precisa fazer. Não há projetos finais, clientes de lançamento e, mais importante, nenhuma grande parceria para avançar com o projeto do turboélice. Anteriormente, isso era algo que o fabricante procurava desenvolver com o apoio da gigante americana Boeing.
Rodrigo Silva e Souza acredita que a nova aeronave poderá chegar no mercado até 2025. Seria um desenvolvimento rápido para a aeronave. Mas, se a Embraer encontrar toda a tecnologia e soluções disponíveis para construir no avião, não seria surpreendente ver a Embraer avançar no desenvolvimento.
Um dos turboélices mais emblemáticos da empresa foi o Embraer EMB 120 Brasília. Faz mais de vinte anos que a Embraer projetou e comercializou a aeronave, que podia acomodar cerca de 30 passageiros.
O próximo turboélice será definitivamente um grande avanço em comparação com o EMB-120 Brasília.
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Texto da autoria do jornalista Fernando Valduga no site de notícias de aviação ‘Cavok Brasil’ / Publicação autorizada