A construtora aeronáutica brasileira Embraer poderá assinar novas alianças estratégicas no futuro, depois do cancelamento dos acordos de parceria e aquisição negociados com a Boeing terem sido interrompidos, de forma unilateral, por parte da construtora aeroespacial norte-americana.
Francisco Gomes Neto, presidente executivo da fábrica brasileira, disse nesta semana que ainda é cedo para comentar sobre essas alianças, pois a empresa estuda um novo plano de cinco anos, mas adiantou que as novas parcerias, agora mais a leste, podem envolver produtos, engenharia e produção.
A agência de notícias internacional ‘Reuters’ já tinha levantado um pouco do véu e revelou na semana passada que a China, Rússia e Índia estudavam possíveis movimentos com a Embraer, embora qualquer negociação seja preliminar.
A Embraer disse que atualmente não está negociando com a COMAC, uma empresa de construção de aviões que é propriedade do Estado Chinês, nem com a russa Irkut, nem tão-pouco com a Índia, país onde existem várias fábricas de componentes para a indústria aeronáutica. Desmentiu a existência de negociações ou de acordos potenciais para substituir os que tinha negociado com a Boeing, mas argumentou que, de forma regular, avalia propostas e eventuais parcerias internacioanis.
A empresa brasileira reportou um prejuízo de 292 milhões de dólares no primeiro trimestre de 2020. A Embraer precisa de liquidez para poder prosseguir de forma estável a sua produção. A ‘Reuters’ informou também que o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social do Brasil (BNDES) está a ajudar na coordenação de um empréstimo de 600 milhões de dólares, que poderá ser obtido juntop de um banco estrangeiro..
A Embraer restabeleceu nesta semana todas as linhas de produção nas suas instalações de São José dos Campos, no interior do Estado de São Paulo.