Embraer quer entregar 700 aviões comerciais na América Latina em 20 anos

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A Embraer Aviação Comercial prevê que as companhias aéreas na América Latina receberão cerca de 700 novos jatos comerciais no segmento de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos, o que representa 11% da demanda mundial no período para o segmento. Estima-se que 63% dessas unidades sejam para apoiar o crescimento e 37% substituirão aeronaves mais antigas. A frota de jatos de 70 a 130 assentos aumentará das atuais 280 unidades para 750 até 2033.

Com o crescimento económico e os investimentos públicos que contribuem para uma maior integração regional, os mercados secundários estão preparados para impulsionar a procura de novas viagens aéreas. Para que isso ocorra, a otimização das frotas e o dimensionamento correto serão fundamentais, refere um comunicado distribuído nesta semana pela construtora aeronáutica brasileira.

“O mercado de aviação comercial na América Latina vem experimentado um desenvolvimento sem precedentes ao longo destes últimos anos”, disse Simon Newitt, Diretor da Embraer Aviação Comercial para a América Latina. “Estamos orgulhosos da contribuição positiva que a frota de E-Jets desempenhou, e continuará desempenhando, no crescimento e prosperidade em todo o continente.”

A primeira entrega de um E-Jet na América Latina ocorreu em 2005, quando a Copa Airlines, do Panamá, recebeu um E190. Atualmente, cerca de 200 E-Jets estão em serviço com oito operadores de sete países da região, onde a Embraer é líder no segmento de jatos de até 130 assentos, com 70% de participação de mercado.

A região apresentará um sólido crescimento anual económico de 3,8% nos próximos 20 anos com base em um ambiente externo favorável, estabilidade política e macroeconómica e distribuição de renda mais equitativa. O PIB per capita aumentará em 2,9% ao ano, de 9.050 para 15.960 dólares norte-americanos no mesmo período. O crescimento anual da demanda por transporte aéreo tem sido robusto ao longo dos últimos cinco anos, em torno de 7%, tendência que deverá continuar ao longo dos próximos 20 anos, quando a região crescerá 6% ao ano.

Apesar do domínio de aviões maiores, a América Latina é principalmente composta por mercados de baixa e média densidade – 80% dos quais têm volumes de tráfego de até 300 passageiros por dia. Em 2013, mais de 50% de todos os mercados intra-regionais tiveram um ou menos voos diários utilizando jatos de um único corredor. Esse desequilíbrio entre capacidade e demanda pode criar ineficiência.

Como visto em diversas companhias aéreas líderes em todo o continente, o uso de aeronaves no segmento de 70 a 130 assentos pode melhorar efetivamente a conectividade em mercados de baixa e média densidade, complementando voos com aparelhos de um único corredor fora dos horários de pico em rotas principais. Embora as companhias aéreas sejam capazes de melhorar a eficiência operacional e a rentabilidade por meio da utilização de tal capacidade, os passageiros também se beneficiariam ao ter mais escolhas e conveniência.

A família de E-Jets já registrou mais de 1.500 pedidos firmes e mais de 1.000 entregas até a data atual. As aeronaves estão em serviço com cerca de 65 clientes de 45 países.

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