A construtora brasileira Embraer fez uma proposta à JetBlue Airways, de fornecimento de jatos regionais da próxima geração E195-E2, face às dúvidas suscitadas pela companhia norte-americana em relação aos E190.
A revista de aviação ‘FlightGlobal’ publica nesta segunda-feira, 5 de maio, declarações de John Slattery, presidente executivo da Embraer Aviação Comercial, em que este acredita que a nova série E195-E2 é a “solução” para as preocupações e dúbias da JetBlue sobre os E190.
Os E-Jets E2 com motores Geared Turbofan Pratt & Whitney PW1900G têm um tamanho maior, com capacidade para 132 pessoas em classe única. Em entrevista concedida à revista norte-americana no âmbito da Assembleia Geral Anual da IATA, que decorre em Cancun, no México, John Slattery adianta que os E2 são mais eficientes.
“Eles estão a operar o A320, e cada vez mais o [Airbus] A321 com 100 lugares pode ser pouco pequeno”, diz Slattery. “Eu tenho uma solução para isso: o E195-E2”.
Os E190 da JetBlue têm 100 lugares enquanto o A320 está a ser reconfigurado com 162 assentos e os A321s têm até 200 lugares.
Em abril, o diretor financeiro da JetBlue Airways, Steve Priest, demonstrou ter algumas dúvidas sobre o Embraer E190. Como tal, foi ordenada uma revisão completa da frota, que deverá decidir o futuro destes aviões até ao final do ano.
Segundo a Embraer, pelo menos na rota de Nova Iorque para Fort Lauderdale, na Flórida, o fator de carga para o E190 é de 66%, em comparação com 73% para o A320, principalmente devido às tarifas mais baixas cobradas.
No entanto, a companhia aérea reconheceu o rendimento do E190, com Steve Priest a dizer que o E190 permitiu que se lançasse “mercados comerciais com margens mais altas”, de Boston e outras cidades.
A JetBlue tem uma encomenda de 24 aeronaves E190, com entregas a partir de 2020.