A Emirates, companhia de aviação comercial global, com sede no Dubai, Emirados Árabes Unidos, demitiu cerca de 1.300 funcionários, incluindo 700 tripulantes de cabina e 600 pilotos que estavam com contrato a prazo ou numa fase de estágio na frota de Airbus A380.
A notícia é veiculada nesta terça-feira, dia 9 de junho, pelo jornal ‘Arabian Business’ que cita fontes da companhia.
Uma comunicação da Emirates que chegou à redação do jornal através de email refere: “Conforme comunicado anteriormente, a Emirates vem fazendo todo o possível para reter as pessoas talentosas que compõem nossa força de trabalho o maior tempo possível. No entanto, dado o impacto significativo que a pandemia teve nos nossos negócios, simplesmente não podemos sustentar recursos em excesso e precisamos dimensionar corretamente a nossa força de trabalho de acordo com nossas operações reduzidas”.
“Depois de analisar todos os cenários e opções, lamentamos profundamente que tenhamos que deixar alguns de nossos funcionários saírem. Foi uma decisão muito difícil, e não a tomámos de ânimo leve. A empresa está fazendo todo o possível para proteger a força de trabalho. Nos casos em que somos forçados a tomar decisões difíceis, trataremos as pessoas com justiça e respeito. Trabalharemos com funcionários sensibilizados e treinados para fornecer todo o apoio possível ”.
Em maio passado, a agência de notícias económicas e financeiras ‘Bloomberg’ já tinha informado que a Emirates planeava cortar 30.000 empregos, ou seja 30% de sua força de trabalho. Até agora, a única certeza, confirmada pela companhia e pela imprensa árabe, é o despedimento destes 1.300 funcionários. Um número significativo, é certo, mas muito aquém do que se chegou a prever. Informações provenientes de funcionários da companhia indicam que todos os que receberam cartas de despedimento são estrangeiros que estão nos Emirados com contrato de trabalho.
O presidente executivo da companhia, em entrevista recente, admitiu o retorno ao serviço da grande maioria dos aviões que hoje compõem a frota da empresa e dos funcionários, num horizonte de dois anos. Durante este período serão negociados cortes nos salários e até licenças sem vencimento, de acordo com a recuperação do volume de viagens, considerando cada caso e a voluntariedade dos empregados para assistir a um regime com estas especificidades, disse Tim Clark .
Entretanto, a companhia já começou a operar voos para alguns destinos, como, aliás, temos noticiado. Também o Aeroporto Internacional do Dubai já reabriu para trânsito de passageiros, em viagens intercontinentais ou para outros países do Médio Oriente, recuperando aos poucos o volume de passageiros que alimenta o hub do Dubai e que tornou a Emirates uma companhia tão importante.