A Binter Cabo Verde, denominada comercialmente por Binter CV, vai abrir o seu capital social a empresários cabo-verdianos, tanto no sector público como no privado, tendo já contado com o aval do Governo do arquipélago sobre esta possibilidade, anunciou a companhia que foi criada na República de Cabo Verde como uma filial da espanhola Binter Canarias.
Esta decisão foi tomada pela administração da empresa após a primeira semana de operações da Binter CV, que inaugurou a sua primeira linha aérea em Cabo Verde no passado dia 12 de Novembro.
A revelação, divulgada pela imprensa cabo-verdiana, foi feita pelo vice-presidente da Binter CV, que classificou de “muito satisfatório” este investimento.
Rodolfo Nunez disse que o projeto está aberto à participação, sem limite, do capital social cabo-verdiano, porquanto pretende que a companhia Binter CV tome parte da sociedade cabo-verdiana “para sempre”.
A Binter CV mostra-se aberta à parceria cabo-verdiana, tendo como a única exigência a conservação da maioria no capital, desde que foque pelo menos em 51 por cento do investimento.
Rodolfo Nunez disse que a Binter CV conta atualmente com 14 voos diários, cobrindo as ilhas de Santiago, São Vicente e Sal, com uma taxa de ocupação média de 40 por cento, tendo em duas semanas transportado mais de dois mil passageiros. Para o final do ano a ocupação prevista é da ordem dos 80 por cento, e só neste mês de Dezembro já transportou cerca de oito mil passageiros.
A companhia promete colocar no primeiro trimestre de 2017 um terceiro avião no arquipélago, esperando chegar aos 30 voos semanais.
Neste momento a Binter opera com dois aparelhos ATR72-600 que cobrem duas linhas, pois que para além dos trajetos entre os aeroportos das ilhas de Santiago, de São Vicente e do Sal, liga a Cidade da Praia a Las Palmas de Grã Canária.
- Foto © Carlos Freitas/Capeverdeskies Spotter