Um grupo de economistas e engenheiros publica esta sexta-feira, dia 17 de novembro, uma carta aberta em que defende uma solução que passa pelas localizações Alverca (imagem de abertura) e Portela de Sacavém, onde está instalado o atual Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ligadas por um shuttle que demoraria 12 minutos, segundo um dos responsáveis.
Em declarações à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’, Luís Póvoas Janeiro, economista da ‘Católica Lisbon’, explicou que este hub foi apresentado à Comissão Técnica Independente (CTI), mas acabou por não integrar o grupo de soluções que estão a ser estudados pela entidade para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.
Resolveram agora voltar a apresentar a solução tendo em conta o contexto atual, com novas eleições marcadas para março do próximo ano.
“Esta hipótese já foi chumbada duas vezes antes”, lembrou, mas disse que ainda pode ser incluída no processo, se houver “lucidez”.
Para o economista esta solução é mais “económica”, incluindo o shuttle que ligaria os terminais em 12 minutos, sendo que a opção por este hub custaria no geral cerca de 1.000 milhões de euros, destacou, um valor que seria absorvido pela concessionária.
Entre as vantagens apontadas pelo grupo de especialistas que defendem esta alternativa está a redução do ruído para as populações da região e uma “revolução ferroviária”, de acordo com um documento enviado à ‘Lusa’, que permitirá poupar, garantem 5.000 milhões de euros.
Realçam ainda que estaria concluído muito mais rapidamente do que as outras soluções apresentadas, estimando que demoraria quatro anos depois de tomadas a decisão a estar totalmente operacional.
Este grupo, além de Luís Póvoas Janeiro, inclui José Proença Furtado, António Segadães Tavares, António Carmona Rodrigues, António Gonçalves Henriques, Fernando Nunes da Silva, Ricardo Ferreira Reis e Rui Vallejo de Carvalho.
Em 27 de abril, a comissão técnica anunciou que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anunciou nove opções possíveis para o novo aeroporto, que incluem as cinco definidas pelo Governo mais Portela + Alcochete, Portela + Pegões, Rio Frio + Poceirão e Pegões.
Uma resolução do Conselho de Ministros, aprovada no ano passado, definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.
Como especialista em Controlo de Tráfego aéreo e Gestão de espaço Aéreo só me posso rir de tal solução. Os estudos que fiz revelaram que esta solução atualmente diminui a capacidade da Pista do Aeroporto Humberto Delgado, pelo que não é solução mas sim mais um problema devido ao facto de as pistas afetarem simultaneamente o funcionamento da outra para movimentos por Instrumentos. O mesmo não acontece com os voos visuais embora a separação com as descolagens e aterragens no Humberto Delgado seja limite. Economicamente não poderá portanto ser viável. O mesmo acontece com Sintra devido à orientação da pista. A única solução compatível e que não diminui a capacidade do Humberto Delgado é o Montijo devido à orientação das pistas. A solução do espaço aéreo está estudada e o relatório do EUROCONTROL está(va) disponível no site da NAV Portugal.