Estado continuará a ser o maior acionista da TAP, “seja qual for o cenário”

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O ministro português das Infra-estruturas e da Habitação defendeu esta sexta-feira, dia 5 de abril, que, apesar de “ainda faltar muito” tempo para entrada em bolsa da TAP, o Estado, “seja qual for o cenário”, vai continuar a ser o maior acionista do grupo.

“Eu julgo que estamos ainda muito longe desse dia para me colocar na posição de fazer conjecturas sobre o que vai acontecer. Nós temos acordos assinados, o Estado vai cumpri-los dentro do conjunto de regras e condições estipuladas nesses acordos. Vamos esperar com paciência”, disse Pedro Nuno Santos, em Lisboa, após a cerimónia de apresentação do primeiro avião A321neo LR da companhia aérea portuguesa (imagem de abertura).

O governante referiu ainda que o executivo é firme “nos compromissos que assumiu com os parceiros” e, portanto, “tudo correrá com a maior normalidade”.

A 22 de março passado, o presidente da comissão executiva do grupo TAP disse que a empresa está a trabalhar para, a partir de 2020, estar pronta a avançar com uma IPO (Oferta Pública Inicial), com uma percentagem entre 15% e 30%.

“Estamos preparando a empresa para, a partir do ano que vem, estar preparada para um evento de IPO. Quem define quando o IPO acontece é o mercado”, disse Antonoaldo Neves, que falava aos jornalistas, em Lisboa, após a apresentação de resultados do grupo.

De acordo com o responsável da TAP SGPS, nem sempre o mercado está “com apetite”, por isso, é difícil especular sobre o “timing” do IPO.

“Nós estamos preparando a empresa para que, no momento em que ela tenha que fazer o IPO, ela [faça] o IPO, se vai ser no mês X, Y ou W, seria uma irresponsabilidade nossa estar especulando sobre uma questão que nós não controlamos”, reiterou, na altura.

Questionado sobre a percentagem do valor da empresa que vai associar à Oferta Pública Inicial, Antonoaldo Neves garantiu que, mais uma vez, depende do mercado, sublinhando que, por norma, é sempre entre 15% e 30%.

O grupo TAP registou, em 2018, um prejuízo de 118 milhões de euros, valor que compara com um lucro de 21,2 milhões de euros registado no ano anterior, conforme foi anunciado em 22 de Março.

Por sua vez, a receita do grupo passou de 2.978 milhões de euros em 2017 para 3.251 milhões de euros em 2018, traduzindo-se num aumento de 273 milhões de euros, mais 9,1% face ao período homólogo.

O crescimento das receitas do grupo engloba a expansão do mercado nos EUA (mais 10%) e, pela negativa, o efeito da desvalorização cambial no Brasil (menos 16%).

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