As companhias europeias Niki, da Áustria, TUIfly e Air Berlin , ambas da Alemanha, vão integrar uma nova empresa de transporte aéreo não-regular denominada ‘Blue Sky’ que deverá começar a voar com 62 aviões e será dedicada ao transporte de turistas para destinos de férias.
A nova companhia aérea que deverá ser anunciada até final do corrente mês de novembro terá o capital subscrito pela Niki (51%), pelo grupo Etihad (25%), dos Emirados Árabes Unidos, e pela TUI (24%), segundo noticiou nesta sexta-feira o jornal alemão ‘Süddeutsche Zeitung’.
Esta foi a solução encontrada para salvar a Air Berlin que está numa situação económico-financeira dramática, diz a imprensa alemã. Também desde há algum tempo que se comentava que a TUI estava interessada em salvar a Air Berlin e a sua filial austríaca Niki, pois juntas contam bastante no negócio de viagens de férias da TUI, o maior operador turístico mundial, que encaminha parte dos seus clientes através de voos da sua própria companhia, a TUIfly. Mas que tem necessidade de mais aviões.
A nova ‘Blue Sky’ será essencialmente uma nova companhia de voos charter. Para já, presidente executivo será Stefan Pichler, que desempenha idênticas funções na Air Berlin. A gestão será da responsabilidade da Etihad, maior acionista da atual Air Berlin e também o sócio que mais dinheiro tem colocado na companhia nos últimos tempos, indispensáveis para esta continuar a voar. A administração e base da nova companhia deverão ficar localizadas na cidade de Hannover, na Alemanha.
A frota da ‘Blue Sky’ será formada pelos 14 aviões que a Air Berlin alugou recentemente à TUIfly e as 21 aeronaves que estão hoje na frota da Niki. Os restantes, até ao número de 62 virão certamente da TUIfly e da Air Berlin.
Nenhuma das companhias envolvidas neste negócio e na constituiçãoo da ‘Blue Sky’ comentou a notícia do ‘Süddeutsche Zeitung’. O mercado aguarda com alguma expectativa o anúncio de constituição da nova empresa e a divisão final dos acionistas e a movimentação de aviões. Há também muita curiosidade em saber como vai continuar a Air Berlin, na parte que não será integrada na nova empresa. Ao fim e ao cabo saber como irá sobreviver com uma operação sustentável no segmento de transporte aéreo regional intra-europeu, onde é feroz a competição entre companhias de baixo custo.