Os Estados Unidos da América bombardearam na madrugada desta sexta-feira, dia 3 de janeiro, um comboio de viaturas que saia do Aeroporto Internacional de Bagdad, tendo morto vários membros da milícia e vários “convidados” das Forças de Mobilização Popular Shia (PMF) do Iraque.
A agência de notícias estatal iraquiana noticiou que o vice-chefe da PMF, Abu Mahdi al-Muhandis, e o chefe da unidade Força Quds, do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (do Irão), o major-general Qasem Soleimani, foram mortos no incidente.
As emissoras televisivas ‘Al Arabia’ e ‘Sky News’ também publicaram relatos das mortes, embora ainda não haja confirmação oficial de Teerão.
A morte do general Qassim Suleimani foi inicialmente anunciada pela TV iraquiana e depois confirmada pelo governo iraniano. O governo norte-americano americano confirmou em comunicado que foi o responsável pela ação, que foi autorizada pessoalmente pelo presidente Donald Trump.
O militar liderava há mais de 20 anos a força Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã responsável pelo serviço de inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior. Era considerado o principal chefe militar do país.
O Pentágono afirmou que o ataque foi feito para impedir que o Irão realizasse novos ataques contra alvos americanos. O bombardeio no aeroporto foi feito horas após o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, ameaçar realizar ataques preventivos contra Teerão.
O ataque norte-americano atingiu ainda o Terminal de Carga do Aeroporto e também uma pista da Base Aérea contígua ao aeroporto que é usada pelas forças iranianas e estrangeiras que estão estacionadas no Iraque. Na manhã deste sexta-feira será feito um ponto da situação.
O Terminal de passageiros do Aeroporto Internacional continua aberto e não há, até agora, quaisquer restrições ao movimento.
O número de vítimas deste ataque é estimado em cerca de uma dezena.
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